A Polícia Civil investiga um caso de uma mulher de 23 anos resgatada após ser mantida em cárcere privado pelo próprio marido em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba.
Como foi o resgate?
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De acordo com a Polícia Militar (PM), a vítima encaminhou um e-mail pedindo socorro para a Casa da Mulher Brasileira, que oferece atendimento para mulheres em situação de violência.
A instituição procurou a PM, que foi até a residência da mulher, na região rural de Itaperuçu.
Inicialmente ela negou que estava em situação de violência, porém, ao ser questionada sobre o e-mail, chorou e admitiu as agressões.
Quanto tempo ela ficou em cárcere privado?
Inicialmente, a PM afirmou que a mulher ficou em cárcere privado por 8 anos. Porém, segundo o delegado Gabriel Fontana, a vítima afirmou em depoimento que ficou trancada por 5 anos.
O que diz a mulher?
A vítima contou à polícia que o homem, de 23 anos, a vigiava por meio de uma câmera de segurança que ficava voltada para a porta da residência.
Segundo o delegado Gabriel Fontana, a polícia apreendeu as câmeras de monitoramento e está extraindo as imagens para integrar as investigações.
A mulher relatou ainda que o suspeito não a deixava contatar outras pessoas se ele não estivesse presente, e que o filho de 4 anos do casal também vivia preso dentro de casa e presenciava as agressões.
A vítima afirmou que não tinha celular, e só tinha acesso a um aparelho que era usado em conjunto com o homem. Disse ainda que já foi amarrada e asfixiada pelo suspeito em diversas ocasiões.
Ainda conforme a mulher, os familiares sabiam da situação e eram coniventes com as agressões, acobertando o marido.
Por quais crimes o homem deve responder?
O suspeito deve responder pelos crimes de sequestro e cárcere privado, causar dano emocional à mulher e ameaça, todos no contexto de violência doméstica e familiar contra a mulher.
Ele está preso?
Não. Ele foi preso em flagrante na sexta-feira (14), porém, foi solto na manhã de domingo (16) após passar por uma audiência de custódia.
Por que ela não foi resgatada anteriormente?
Segundo a PM, esta não foi a primeira vez que a mulher tentou pedir ajuda para denunciar as violências sofridas.
Há cerca de 15 dias, a vítima entregou um bilhete pedindo socorro em um posto de combustíveis.
"Me ajude. Sofro muita violência em casa", dizia o papel.
Na épca, a corporação fez diligências na região indicada pelo bilhete, mas não encontrou a mulher, nem o suspeito. Por conta disso, ela não pode ser resgatada.
O que aconteceu com a mulher?
Ela e o filho foram acolhidos. Mais detalhes não foram divulgados para proteger as vítimas.
O que falta esclarecer?
Quais os argumentos utilizados para soltar o homem após a audiência de custódia?