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Brasil Sábado, 11 de Maio de 2024, 14:45 - A | A

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ISOLADO

Motorista de Porsche que matou trabalhador é transferido de presídio

Defesa de Fernando Sastre diz que ele corria riscos se ficasse em penitenciária comum

g1

O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho foi transferido na madrugada deste sábado (11) para Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo. O local é conhecido por abrigar presos em casos de grande repercussão, como o ex-jogador Robinho.

O g1 apurou que Fernando, motorista do Porsche acusado de provocar um acidente que matou um homem e feriu seu amigo a mais de 100 Km/h, deu entrada na penitenciária do interior de São Paulo às 0h45. A informação foi confirmada pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP).

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Em procedimento padrão da unidade prisional, Fernando ficará isolado dos outros presos. Ele já foi colocado sozinho em uma cela de cerca de oito metros quadrados, onde passará o período de inclusão. Somente depois de dez dias deve ter contato com os outros detentos da unidade.

A transferência de Sastre, que estava no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Guarulhos 2 desde terça-feira, na Grande São Paulo, já havia sido autorizada durante a semana pela Justiça.

Na terça-feira (7) o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o habeas corpus para Fernando feito pela defesa dele. Mas, apesar de ter negado o pedido de liberdade para o empresário, concordou que ele vá para um presídio mais seguro.

No caso, os advogados do motorista sugeriram a Penitenciária 2 (P2) de Tremembé. Segundo o advogado Elizeu Soares de Camargo Neto, seu cliente já recebeu "ameaças" externas durante a investigação policial.

O g1 acionou a defesa de Fernando Sastre de Andrade Filho, que apontou que a transferência é apenas o cumprimento da determinação do Superior Tribunal de Justiça, que acolheu pleito dos advogados que representam o empresário.

No CDP De Guarulhos, Fernando foi fotografado e fichado (veja foto acima no começo da reportagem). Ele disse ter o nível superior incompleto, ter união estável e ser espírita.

O empresário havia sido preso na segunda-feira (6) ao se entregar à polícia após a decretação da prisão dele pela Justiça. Antes ficou três dias foragido sendo procurado.

Ele é réu no processo no qual é acusado pelos crimes de homicídio por dolo eventual (por ter assumido o risco de matar o motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana) e lesão corporal gravíssima (feriu o amigo Marcus Vinicius Machado Rocha).

Fernando estava a 114,8 km/h quando bateu na traseira do Renault Sandero de Ornaldo, segundo laudo pericial da Polícia Técnico-Científica. Marcus ocupava o banco do passageiro do carro de luxo. O limite de velocidade para a via é de 50 km/h. O acidente ocorreu no dia 31 de março na Avenida Salim Farah Maluf, no Tatuapé. Câmeras de segurança gravaram a batida (veja nesta reportagem).

Em seu interrogatório, o motorista do Porsche negou ter bebido. A Polícia Militar (PM), que atendeu a ocorrência liberou Fernando sem fazer o teste do bafômetro nele. A Corregedoria da PM apura a conduta dos agentes que erraram na abordagem.

Se Fernando for condenado, a pena dele poderá chegar a mais de 20 anos de prisão.

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