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Brasil Quarta-feira, 30 de Agosto de 2023, 09:02 - A | A

Quarta-feira, 30 de Agosto de 2023, 09h:02 - A | A

"FALOU GROSSO"

Haddad vence queda de braço na definição da meta de déficit zero para 2024

g1

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, venceu a queda de braço com a ala política do governo e convenceu o presidente Lula da importância de enviar a proposta de Orçamento da União de 2024 com uma meta de déficit zero nas contas públicas.

O projeto, que será encaminhado nesta quinta-feira (31) ao Congresso, foi motivo de pressões da ala política até o último minuto, que defendia aceitar um déficit de 0,5% do PIB (Produto Interno Bruto) no ano que vem.

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Segundo apurou o blog, ministros políticos defendiam um déficit de pelo menos 0,5% para acomodar investimentos no Orçamento, principalmente do Novo PAC, diante da queda de arrecadação e do risco de não serem aprovadas as medidas para aumento de receita.

Eles alegavam que até alguns economistas do mercado preveem um déficit de 0,75% do PIB no próximo ano.

A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, verbalizou publicamente a defesa desta ala, sob o argumento de que é preciso aumentar os investimentos para garantir um crescimento econômico maior em 2024.

O Ministério da Fazenda se colocou contra, dizendo que mudar a meta antes mesmo de tentar cumpri-la seria jogar a toalha e tornar ainda mais difícil a aprovação das medidas para aumentar a arrecadação, como a tributação de fundos exclusivos e de offshores.

Em reunião com o presidente Lula, nesta terça-feira (29), foi mantida a decisão inicial de manter a meta de déficit zero em 2024.

Lula, Haddad e os ministros da Casa Civil, Rui Costa, do Planejamento, Simone Tebet, e da Gestão, Esther Dueck, participaram do encontro, quando venceu a avaliação de que a meta não deveria ser modificada.

Uma ala do governo, porém, ainda não desistiu. A Lei de Diretrizes Orçamentárias, que vai oficializar essa meta, deve ser votada no Legislativo apenas em outubro.

Até lá, se continuarem as frustrações de receitas, a pressão voltará para que seja aceito um déficit no orçamento para acomodar mais investimentos.

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