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Brasil Quinta-feira, 13 de Julho de 2023, 11:19 - A | A

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"CRISE DE GLICEMIA"

Coronel preso após atos golpistas desmaia em cela e é levado ao hospital

g1

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Jorge Eduardo Naime, foi encontrado desacordado na cela onde está preso na academia da corporação, nesta quinta-feira (13). A informação também foi confirmado pelo advogado do militar.

O oficial está detido desde o dia 7 de fevereiro, após ser alvo da operação Lesa Pátria, da Polícia Federal (PF), que investiga a omissão de militares no enfrentamento aos vândalos e a suspeita de colaboração com os atos de terrorismo na Esplanada dos Ministérios (veja detalhes abaixo).

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De acordo com a assessoria da Associação de Oficiais da PMDF, Naime foi levado ao Hospital de Base, mas já recebeu alta. O g1 entrou em contato com o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde (Iges), à frente da administração da unidade de saúde, mas não obteve resposta até a última atualização desta publicação.

O advogado de Naime afirmou a suspeita é de que ele tenha tido uma crise de glicemia e que ele toma remédio para pré-diabetes. Ainda de acordo com ele, o coronel aguarda resultado de exames e está "acamado".

Naime chefiava o Departamento Operacional da PM durante os ataques terroristas na capital federal. Ele já prestou depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), e na CPMI dos Atos Golpistas, no Congresso Nacional.

O advogado de Naime afirmou a suspeita é de que ele tenha tido uma crise de glicemia e que ele toma remédio para pré-diabetes. Ainda de acordo com ele, o coronel aguarda resultado de exames e está "acamado".

Depoimentos

O coronel da Polícia Militar Jorge Eduardo Naime foi ouvido pelos deputados distritais no dia 16 de março. Em depoimento, o militar que chefiava o Departamento Operacional da corporação durante os ataques terroristas disse que o Exército dificultou a prisão dos bolsonaristas radicais.

O coronel afirmou aos deputados distritais que estava de licença no dia dos ataques, mas que foi convocado para participar da remoção dos golpistas da Esplanada dos Ministérios. No entanto, de acordo com ele, militares do Exército dificultaram a ação da PM e chegaram a tentar impedir a corporação de entrar nos prédios invadidos.

Naime afirmou também que, após a contenção dos terroristas, ele seguiu para o acampamento em frente ao Quartel General, mas que foi impedido pelos militares do Exército de prender os suspeitos.

À CPMI, no dia 26 de junho, Naime afirmou que a PM "falhou" no dia 8 de janeiro.

"A PM falhou, e está claro que a PM falhou. Porque ela fez um planejamento subestimado por conta das informações que foram dadas na sexta-feira [antevéspera dos ataques]. Foram diferentes das informações do domingo 10h da manhã. E ninguém chegou ao DOPE, e não chegaram à coordenação de operações as informações de 10h da manhã. Houve uma falha no sistema de inteligência do DF", afirmou Naime à CPI.

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