A elevada incidência de doença renal crônica (DRC) e a conscientização sobre a diálise peritoneal como alternativa de tratamento serão debatidas em audiência pública interativa da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) agendada para quarta-feira (11), às 10h30. A realização da audiência atende a requerimento do senador Romário (PL-RJ), que chamou atenção para os elevados custos econômicos e sociais da DRC e a baixa difusão de tratamentos alternativos à hemodiálise. A doença é classificada como uma das maiores causas de morte no Brasil.
“Tal fato é a longo prazo ainda mais alarmante quando associado ao fator de envelhecimento da população, e associada à maior prevalência de comorbidades tais como diabetes e hipertensão, e à sua alta incidência anual a qual corresponde a aproximadamente 40 mil novos casos. Estima-se que 1 em cada 10 adultos terá alguma forma de DRC levando a um estágio terminal”, explica o senador na justificação de seu requerimento.
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Com base nas estatísticas que apresentou, Romário argumenta que há uma “lacuna no diagnóstico do paciente renal” no país, o que deixa milhares de portadores de DRC sem assistência. Ele acrescenta que a grande maioria dos pacientes em terapia renal substitutiva realiza hemodiálise, enquanto a alternativa de diálise peritoneal — indicada como mais benéfica para 90% dos pacientes — ainda é pouco difundida no Brasil.
Foram convidados para a audiência pública Yussif Ali Mere Junior, presidente da Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT); Leonardo Barberes, diretor da ABCDT; Daniel Calazans, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN); Humberto Mendes, representante da Federação Nacional das Associações de Pacientes Renais Transplantados do Brasil (Fenapar); Hugo Abensur, coordenador do Programa de Diálise Peritoneal do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; o deputado estadual do Rio de Janeiro Renato Zaca; e um representante do Ministério da Saúde.