Os 34 brasileiros que estão na Faixa de Gaza aguardam a abertura da fronteira do Egito com o território palestino para serem repatriados. Em entrevista na manhã desta sexta-feira (10/11), no Palácio do Planalto, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, disse que os nacionais não puderam passar a fronteira porque o posto não foi aberto. “Nós estamos em contato reiterado com todas as partes e esperamos que esses nomes sejam autorizados a cruzar o mais rápido possível”, disse.
Mais cedo, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou que o grupo de brasileiros e familiares se encontrava no posto fronteiriço de Rafah, desde às 7h da manhã (horário local, 2h pelo horário de Brasília), e que seriam liberados a entrarem no Egito. Com o fechamento da fronteira, o grupo retornou para os locais onde estavam abrigados e devem voltar para o posto fronteiriço na manhã desse sábado (11/11)
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Segundo Vieira, a lista com o nome dos brasileiros e familiares está há mais de 20 dias com as autoridades dos países envolvidos no processo de retirada de estrangeiros de Gaza e que, nos últimos dias, teve quatro conversas por telefone com os ministros das Relações Exteriores de Israel e do Egito para tratar da retirada dos brasileiros. Ainda de acordo com Vieira, o chanceler de Israel garantiu que os brasileiros estariam na lista de estrangeiros que entrariam no Egito na última quarta-feira (8/11), mas que isso não se confirmou porque, durante três dias seguidos, não houve a abertura da fronteira. “Continuamos trabalhando diretamente com as autoridades dos países envolvidos. O presidente Lula tem sido muito ativo nesses telefonemas”, destacou.
Assim que forem permitidos de entrarem no Egito, os brasileiros serão resgatados pelo governo brasileiro. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) aguarda a chegada deles no aeroporto do Cairo para fazer o voo de repatriação. Desde o início da retomada do conflito, em 7 de outubro, a Operação Voltando em Paz, do Governo Federal, já resgatou mais de 1.400 brasileiros que estavam em Israel e na Cisjordânia.
