O advogado Bráulio Antão era cadeirante, tinha 46 anos, e passava as horas livres pilotando um kart adaptado, segundo amigos (saiba mais abaixo). Na manhã de sábado (1º), o piloto morreu durante um treino na região do Guará, em Brasília.
A TV Globo teve acesso às imagens de uma câmera acoplada ao capacete de Bráulio, que mostra o momento em que o volante do kart se soltou. A Polícia Civil do Distrito Federal está com as imagens e também recolheu o carro, que passa por perícia.
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Bráulio fazia uma curva para a direita. Como todos os controles do kart ficavam no volante, ele não conseguiu frear. Depois de bater nos pneus de proteção, o piloto acabou arremessado em direção a um muro que fica a cerca de 11 metros de distância da pista.
A vítima foi atendida no local, mas não resistiu aos ferimentos. Depois de liberado pelo Instituto Médico Legal (IML), o corpo será levado para o Piauí, onde mora a família de Bráulio Antão.
Piloto assíduo
Amigos contam que o advogado Bráulio Antão treinava três vezes por semana no Kartódromo Ayrton Senna, no Guará, e que ele sempre usava todos os equipamentos de segurança. A reportagem não conseguiu informações sobre quem era responsável pelas adaptações feitas no kart usado pelo cadeirante.
Segundo o presidente da Federação de Automobilismo do DF, Renato Constantino, um kart na pista de treinos pode chegar a 110 km/h. O Kartódromo Ayrton Senna declarou luto e vai ficar fechado pelos próximos quatro dias.
A Federação lamentou a morte do piloto. "Desejamos a toda sua família as nossas mais sinceras condolências", diz nota.
O Clube de Pilotos e Associados de Brasília também lamentou a morte e disse estar solidário com a família de Bráulio Antão.
"Sua paixão pelo automobilismo, dedicação às pistas e espírito de companheirismo deixaram uma marca inesquecível em todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo", dizem os pilotos.
