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Agronegócio Quarta-feira, 29 de Maio de 2024, 13:06 - A | A

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GUERRA ANUNCIADA

Aprosoja afirma que grandes empresas formam "cartel" e espera contragolpe

Bruna Cardoso

Repórter | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

A Moratória da Soja causa inconformidade por parte dos produtores rurais, isto porque as grandes empresas estariam formando um “cartel” e dominado o setor. A afirmação é do presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber.  Além disso, ele disse que espera um "contragolpe" das grande empresas após votação da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT). As declarações foram dadas nesta terça-feira, 28, em um seminário.

“Acontece que as empresas que são responsáveis por 94% da compra de grãos aqui, de forma parecida com um cartel, não compram dos produtores, não dando opção para eles, porque a maioria dessas empresas estão aliadas para atender o mercado europeu”, afirmou.

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A Moratória da Soja é uma medida de 2006, tomada sob a justificativa de preservar a floresta amazônica no norte de Mato Grosso. Com isso, as empresas não compram soja colhida em áreas desmatadas após julho de 2008.

Em defesa dos produtores das áreas afetadas, Lucas pede que eles possam plantar, colher e comercializar soja plantada nestas áreas respeitando apenas o Código Florestal do Estado. Este tipo de acordo prejudica que vive do plantio.

“Nós sabemos que elas [grandes empresas] também têm vantagens econômicas sobre isso, mas quem sai prejudicado é o produtor do estado, porque prejudica o direito à propriedade, a segurança jurídica, o direito e uso da terra [...] Não só tendo menor ganho econômico, mas também desvalorizando a sua terra, o seu patrimônio que ele trabalhou a vida inteira para defender”, disse.

No último dia 22 de maio, a ALMT aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que corta os incentivos fiscais das empresas ligadas à Moratória da Soja. Porém, para Lucas essa medida ainda não é o suficiente e já espera um contragolpe das grandes empresas contra os produtores.

“Eles também devem ter algum tipo de contra-ataque que possa prejudicar os produtores, mas nós vamos buscar todas as medidas, nós não vamos nos cansar porque nós vamos trazer justiça e a gente espera que todos que estão unidos conosco se mantenham firmes para que a gente possa acabar de vez com essa injustiça”, contou.

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