Dollar R$ 5,57 Euro R$ 6,05
Dollar R$ 5,57 Euro R$ 6,05

Saúde e Bem Estar Terça-feira, 25 de Julho de 2023, 07:32 - A | A

Terça-feira, 25 de Julho de 2023, 07h:32 - A | A

UMIDADE BAIXA

Tempo seco exige beber mais água e evitar exercícios físicos em locais abertos

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

Chegou o tempo seco, momento em que a chuva some e o sol castiga ainda mais os moradores da grande Cuiabá. Além disso, quem mora na região sofre com a baixa umidade do ar. Nos últimos dias, as cidades da baixada têm registrado níveis críticos chegando a percentuais muito menores do que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS) à saúde humana, que considera como ideal a umidade acima de 60%.

As previsões para os próximos dias não são boas. Segundo o ClimaTempo, a umidade do ar deve chegar a 16%. Com essas estimativas são necessárias algumas ações para enfrentar o clima.

- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)

- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)

O pneumologista e professor universitário, Clóvis Botelho, disse que a baixa umidade reflete em todo o organismo, tanto nas vias aéreas, quanto no aparelho cardiovascular e na pele. Beber água nesse período é totalmente recomendável.

“Para reduzir os efeitos da baixa umidade do ar, a melhor coisa é hidratar-se bem, que é muito mais fácil para nossas células conseguirem água para hidratar via interna do que externa. Significa que beber água é a melhor solução para combater ou para evitar os efeitos, minimizar os efeitos deletérios da baixa umidade do ar”, disse o médico em entrevista ao Estadão Mato Grosso.

Além da hidratação, o pneumologista recomenda as velhas soluções adotadas durante esse período para melhor o clima de um ambiente, como balde de água, toalhas molhadas e umidificadores de ar.

A prática de exercícios físicos também deve ser moderada durante esse período. O médico aconselha que as atividades sejam realizadas em ambientes climatizados e evitar a prática em ambientes abertos, com contato direto ao sol, principalmente entre às 10h e 16h.

“Os trabalhos científicos mostram que até 30 graus centígrados, o organismo consegue equilibrar. Após 30 graus centígrados de temperatura e com a umidade abaixo de 30%, já é extremamente prejudicial para todo mundo, mesmo para aqueles que não tenham doença respiratória ou nenhuma doença orgânica grave”, comentou.

A alimentação também deve ser observada no tempo seco, evitando alimentos gordurosos ou de muito teor de açúcares e de preferência aos de mais fácil digestão, como frutas e legumes.

DOENÇAS DO CLIMA

O pneumologista e professor universitário Clóvis Botelho lembra que além do aumento das doenças respiratórias comuns no momento, como bronquites, pneumonia, traqueítes e bronquiolites, também deve ser observado as doenças cardiocirculatórias.

Ele explica que com as mudanças bruscas climáticas resulta no desencadeando processos inflamatórios generalizados em todo o nosso organismo. Por isso, durante o período seco, de acordo com o médico, são mais frequentes também o distúrbio de arritmia e aquelas à doença aterosclerótica, que é o acúmulo de gorduras, colesterol e outras substâncias nas paredes das artérias.

“Porque desestabiliza toda essa placa ateromatosa e pode ter fenômenos, como infarto, como derrames e muitas doenças tromboembólicas também, porque altera a cascata inflamatória nessa época do ano, pelo processo inflamatório que está havendo”, explica.

“Naturalmente, as pessoas que têm doença respiratória vão sofrer mais. Os bronquíticos, os enfisematosos, pessoas mais idosas, pela hiperventilação e pela ressequidão, fica toda seca as nossas mucosas respiratórias. Então, aí acontecem as doenças respiratórias clássicas, né? Infecções, exacerbação de DPOC, pneumonia, e outras complicações”, complementou.

search