Embora ainda seja encarado com tabu por muitos homens, o exame de próstata é essencial para combater o segundo mais comum tipo de câncer nos homens, o de próstata. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a doença atingiu quase 66 mil homens em 2020 e matou quase 15.983, 24,27% dos diagnosticados.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Para ajudar a combater a doença, foi criado o Novembro Azul. Sua origem é na Austrália, em 2003. No Brasil, o movimento chegou em 2011 pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em parceria com a Associação Brasileira de Urologia.
O Estadão Mato Grosso conversou com a urologista e professora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) Alessandra Carvalho Mariano e com o aposentado José Cândido Vieira, de 76 anos, que fez decidiu fazer o exame a tempo de não desenvolver a doença.
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso canal no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
O idoso contou à reportagem sobre os problemas que enfrentou por não ter feito o exame de próstata, por mais de 36 anos. Ele conta que, embora houvesse pressão familiar para fazer o exame, não achava necessário. Ao mesmo tempo, José confessa protelar para fazer o exame por causa do preconceito contra o toque retal.
Com o passar do tempo, ele começou a sentir dores na bexiga, não conseguia mais urinar e foi ao médico quando tudo se tornou insustentável. O aposentado precisou usar uma sonda urinária por 40 dias para evitar uma cirurgia.
José não teve câncer de próstata e sua recuperação pós-cirurgia está sendo tranquila.
Perigos com idade certa
Segundo a professora Alessandra, a partir dos 50 anos a incidência e a mortalidade por câncer de próstata aumentam significativamente. Além disso, a especialista também destacou a importância de um diagnóstico precoce para evitar grandes problemas como tumores, que em estado avançado “levam a obstrução do trato urinário e invasões de estruturas como intestino e metástases a distância para os ossos, fígado, pulmões e cérebro, por exemplo.”
Alessandra diz que nesses casos “o paciente já tem pouca chance de sobreviver e passará por muita dor o sofrimento. “
Preconceito: uma batalha árdua.
Alessandra explica que com o passar do tempo - e com o esclarecimento proporcionado através do Novembro Azul - os pacientes estão procurando mais os profissionais de saúde. Contudo, mesmo com o avanço de campanhas de conscientização sobre o exame, existe ainda muito preconceito.
“O toque retal possibilita examinarmos o órgão próstata com maior sensibilidade. Através do toque retal podemos sentir tumorações ou alterações no tecido prostático e indicarmos a biópsia.”
Com a pandemia, houve uma queda expressiva na busca por consultas com urologista e a professora afirma que a campanha do Novembro Azul é especialmente essencial para lembrar a população masculina sobre a prevenção do câncer de próstata.