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Saúde e Bem Estar Segunda-feira, 18 de Setembro de 2023, 19:43 - A | A

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SETEMBRO DOURADO

Campanha chama atenção para prevenção contra o câncer infantojuvenil

Especialista explica sintomas que, ao serem observados, devem servir de alerta

Assessoria

A vida da dona de casa Adriana Campos mudou drasticamente em outubro de 2021, quando recebeu a notícia de que sua filha, na época com 16 anos, estava com Leucemia Linfoide Aguda (LLA) tipo B. A garota, que é portadora de Síndrome de Down, está tratando a doença que atualmente atinge cerca de oito mil crianças e adolescentes ao ano no país. 

Esse é o tipo mais comum de câncer entre esse público, de acordo com o Ministério da Saúde. Na filha de Adriana, logo no início a leucemia se manifestou de maneira dura e uma infecção na bexiga resultou, por exemplo, em uma internação hospitalar de cinco dias. Mesmo após a alta, o quadro clínico da jovem não progredia, e, então, a família que morava no município de Novo Mundo precisou se mudar para Cuiabá. 

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Na capital, mãe e filha seguiram em busca de um tratamento e conseguiram atendimento no Hospital de Câncer e receberam acompanhamento da Associação de Apoio aos Pacientes Oncológicos de Cuiabá (AAPOC). O médico geneticista da clínica Oncolog, doutor Bruno Bordest Lima, explica que a Síndrome de Down é um fator de risco para o desenvolvimento de leucemia em crianças e adolescentes. 

“Estudos já correlacionaram a síndrome de down com maior probabilidade de desenvolvimento de câncer ainda na fase infantojuvenil, por isso o diagnóstico precoce da síndrome e o seguimento regular com especialistas é fundamental, uma vez um simples hemograma feito regularmente pode dar pistas de alterações hematológicas” detalha o especialista.

Mas nem só as crianças portadoras da síndrome estão propensas à doença. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima o diagnóstico de quase 8 mil novos casos no Brasil para os próximos três anos (2023 a 2025). Para chamar atenção à causa, o mês de setembro foi escolhido para a campanha dourada em prol da conscientização. Bruno Bordest alerta que muitos sintomas estão associados a doenças.

Para tanto, um check-up é importante. “Febre por mais de sete dias sem causa aparente, dor óssea persistente, dor de cabeça acompanhada por vômitos e dissociações neurológicas, petéquias, equimose (manchas arroxeadas na pele), devem ser investigadas e acompanhadas”.

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