Um dia após a cassação do mandato do vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos), a sessão ordinária da Câmara de Cuiabá desta quinta-feira, 6 de outubro, foi suspensa devido à falta de parlamentares no plenário para votar os projetos em pauta.
A sessão foi presidida pelo vereador Marcrean Santos (PP) que, após suspender a sessão duas vezes seguidas por 30 minutos, fez a abertura declarando a impossibilidade de dar início aos trabalhos devido à falta de quórum mínimo regimental.
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Dos 25 vereadores, apenas 12 estavam presentes. Segundo regimento interno, para abrir uma sessão é necessária a presença da maioria dos parlamentares, ou seja, 13.
Irritado com a situação, Demilson Nogueira (PP) pediu o corte no salário dos vereadores faltosos.
“Que seja oficiado à presidência da Câmara o corte do salário dos faltosos. Isso em respeito àqueles que aqui estão”, destacou.
Estavam presentes na sessão: Adevair Cabral (PTB), Demilson Nogueira, Dídimo Vovô (PSB), Renato Motta (Podemos) Paulo Peixe (PSD), Kássio Coelho (Patriota), Lilo Pinheiro (PRT), Marcrean Santos, Marcus Brito Júnior (PV), Professor Mário Nadaf (PV), Sargento Joelson (PSB) e Sargento Vidal (MDB).
Cassação
Na quarta-feira, 5 de outubro, com 13 votos favoráveis, cinco contrários e três abstenções, o vereador Tenente Coronel Paccola teve seu mandato cassado pela Câmara Municipal de Cuiabá. Ele respondia processo de quebra de decoro parlamentar pela morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa.
O resultado da votação foi recebido com entusiasmo pelos amigos e familiares de Alexandre, que comemoraram após a leitura do resultado. Embora tenha se mantido calmo em quase toda a sessão, Paccola não recebeu bem a notícia. Após o término da votação, ele fez acusações contra todos que votaram a favor da cassação.
“Com alguns aqui eu não me decepcionei, mas com outros, vereador Lilo, vereador Vidal, vereador Arruda e Sá... com outros eu me decepcionei muito, porque eu não acreditava que os senhores faziam parte da maior organização criminosa que existe em Cuiabá e eu vou provar um por um, inclusive o senhor, senhor presidente [Juca do Guaraná Filho]”, destacou.
