O senador Jayme Campos (União) pediu que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), reveja a decisão que bloqueou as contas de 43 empresários mato-grossenses suspeitos de financiar manifestações que contestam o resultado da eleição presidencial. O movimento foi declarado ilegal pelo STF, que determinou o bloqueio das conta de seus patrocinadores.
Segundo o senador, esse grupo de empresários gera cerca de 60 mil postos de trabalhos e, por isso, a continuidade do bloqueio poderá causar uma “quebradeira” no estado.
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“Porque quem fornece a eles, ou seja, o seu motorista, o seu trabalhador, quer receber o seu salário no dia 30 e, hoje, estão impossibilitados. Aqui eu quero fazer um apelo, de público, ao ministro Alexandre de Moraes, para que reveja, com certeza, essas decisões que ele tem dado, porque, caso contrário, nós vamos penalizar muitos cidadãos de bem em nosso país”, disse Jayme, durante a sessão de terça-feira, 6 de dezembro.
Jayme comentou que os empresários estão com as contas bloqueadas há mais de 30 dias por terem disponibilizado cerca de 120 caminhões para participar de manifestações que, em sua avaliação, são democráticas.
Na sequência, o senador defendeu que o Congresso Nacional adote “um freio de arrumação”. Ele comentou que tem sido questionado sobre quais atitudes os parlamentares pretendem adotar frente às decisões monocráticas proferidas por ministros do Supremo Tribunal Federal, principalmente em questões relacionadas à liberdade de expressão.
“Confesso que, como cidadão brasileiro, eu tenho certeza do direito de externar minhas opiniões, sejam elas as que agradam ou desagradam. Agora, agir da forma que está agindo, desembestadamente, nem sei qual o termo correto, ou irresponsavelmente", disse.
"Eu acho que nós temos que fazer algo, nós temos aqui a obrigação de fazer com que se cumpra o nosso papel como legítimos representantes do povo brasileiro nesta Casa. Até porque, aqui é a Casa da Federação e nós temos instrumentos, mecanismos legais para fazer com que, de fato, possamos ter consagrado, na nossa Constituição, o direito de liberdade de expressão, com todo o respeito ao ministro Alexandre”, complementou.
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