A vereadora Edna Sampaio (PT) protocolizou o pedido de cassação do presidente da Câmara Municipal de Cuiabá, vereador Chico 2000 (PL) na manhã desta terça-feira, 9 de abril. A parlamentar alega perseguição, violência de gênero e o acusa de preterir projetos de vereadores de oposição. Edna também elenca que o presidente impediu o andamento dos pedidos de comissão processante protocoladas contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) e de usar a máquina da Casa para fazer militância em prol do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que esteve em Cuiabá na última segunda-feira, 8.
“Eu sei muito bem que esta é uma luta de Davi contra Golias, e eu não tenho medo dela. Na última fala do presidente Chico 2000, ele me ameaçando, me disse ‘eu danço conforme a música’ e qual é a música que Chico 2000 está dançando? [...] a música que está sendo dançada é sem ritmo, que vai pra um lado e pra outro, na tentativa desesperada de sobreviver na política por mais 20 anos, talvez, que é o tempo que tem aqui”, afirmou.
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Sobre a visita de Bolsonaro, a vereadora pontuou que Chico esteve presente no ato, com toda a equipe de comunicação da Casa, o que não seria aceitável, conforme sua avaliação.
“A responsabilidade do uso indevido dos recursos públicos desta Casa, o controle do uso dos recursos desta Casa não é apenas da população, que sequer sabe o que está sendo gasto aqui. Utilizar a estrutura da presidência da Câmara Municipal de Cuiabá, para fazer homenagem a um ex-presidente acusado de crime contra a República Federativa do Brasil não pode ser feito com recurso da Câmara, não pode ser feito com recurso da comunicação, não pode levar a equipe de comunicação desta Casa para fazer campanha pessoal ao presidente, que não estava e nem poderia estar como presidente desta Casa”, afirmou.
Edna também adiantou que pretende acionar o Ministério Público do Estado (MP-MT) e ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT) sobre o fato.
A rusga entre Edna e os demais vereadores se intensificou durante seu processo que culminou na cassação de seu mandato. Ela foi acusada de se apropriar indevidamente da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. Edna conseguiu reaver o mandato na Justiça, que apontou descumprimento do prazo regimental para tramitação do processo.