Por maioria, a Câmara de Cuiabá decidiu enterrar a proposta que pretendia mudar a data da eleição da Mesa Diretora para o segundo biênio da Legislatura. A votação aconteceu durante a sessão ordinária desta quinta-feira, 11 de maio. Dos 24 vereadores presentes, 13 foram contrários e 11 defendiam a ideia.
A eleição da Mesa Diretora acontece a cada dois anos dentro de uma legislatura, que tem quatro anos. A primeira eleição é realizada após a posse dos eleitos, no dia 1° de janeiro, e a outra em agosto, durante o período de eleições gerais.
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A intenção do autor da matéria, vereador Fellipe Corrêa (Cidadania), era adiar a escolha da Mesa Diretora para depois do período de eleição geral, para que os vereadores que vão disputar outros cargos também possam participar da eleição interna.
“Essa proposta visa corrigir um contexto. Que contexto? O vereador Chico 2000 foi eleito numa eleição absolutamente legítima, quando cheguei aqui, era o dia da eleição e não havia condições. Os colegas se lembram, não haviam condições de montar uma outra chapa, porque essa Casa estava cheia de suplentes, porque os titulares estavam em campanha”, disse.
“Aqueles que eram candidatos, muitos deles, o que fiz, não votei contra sua chapa, mas imediatamente propusemos essa correção. É bom para essa Casa que haja mais de uma chapa, é bom para essa Casa que haja democracia interna, é bom para o Legislativo que haja uma discussão sobre propostas e ideias na condução da Mesa. É bom que haja concorrência”, complementou.
No entanto, Adevair defendeu deixar a eleição do jeito que está. Isso, segundo ele, evita possíveis influências de deputados, senadores e governadores eleitos, como aconteceu em 2010, quando a regra foi inserida na Lei Orgânica do Município.
“Nós colocamos em 2010, tirando as intervenções que tinha naquele momento de governador, que ganhava eleição e queria intervir aqui na Câmara Municipal, de senador, que ganhava eleição e queria interferir, de deputado que perdia a eleição ou que ganhava e queria intervir também na nossa eleição da Mesa Diretora. Então, colocamos para o mês de agosto. Na nossa vizinha Várzea Grande, a eleição é feita em maio […] para que mexer?”, questionou.
Votaram contra o projeto os vereadores Chico 2000 (MDB), Adevair Cabral (PTB), Cezinha Nascimento (União), Dídimo Vovô (PSB), Kássio Coelho (Patriota), Lilo Pinheiro (PDT), Luís Cláudio (PP), Marcus Brito Júnior (PV), Jeferson Siqueira (PSD), Paulo Henrique (PV), Rogério Varanda (MDB), Sargento Vidal (MDB) e Wilson Kero Kero (Podemos).
Os 11 favoráveis foram Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (Podemos), Dr Luiz Fernando (Republicanos), Eduardo Magalhães (Republicanos), Edna Sampaio (PT), Fellipe Corrêa (Cidadania), Michelly Alencar (União), Professor Mário Nadaf (PV), Maysa Leão (Republicanos), Sargento Joelson (PSB) e Renivaldo Nascimento (PSDB).