Os “burburinhos” causados pela Operação Ragnatela na política de Cuiabá continuam após o inquérito policial citar o vereador Marcus Brito (PV). O nome dele surgiu no inquérito após transações bancárias, totalizando R$ 17,5 mil, serem encaminhadas ao ex-assessor preso na operação Jardel Pires. O vereador justificou nesta quinta-feira, 13, que os valores são referentes aos projetos sociais desenvolvidos pelo gabinete.
“Enquanto ele foi meu assessor eu não tinha o que falar mal sobre ele. Ele sempre trabalhou e no meu gabinete eu faço vários projetos [...] e tudo vem do meu bolso. Eu não tenho tempo de ir em lojas de materiais de construção, tenho que demandar isso e isso vai o assessor. Então é justificável que em um ano e seis meses você ache transferências da minha conta para ele”, alegou.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
A Operação foi deflagrada na quarta-feira da semana passada, dia 5, e entre os alvos de busca e apreensão havia agentes públicos que ajudavam na concessão de licenças e alvarás. Os investigados movimentaram mais de R$ 79,1 milhões, entre 2018 e 2022. A operação teve como alvo integrantes do Comando Vermelho que lavavam dinheiro em boates da capital.
Além da justificativa dos valores transferidos, o vereador frisa que ele é apenas citado e não é alvo da operação, destacando não ter sofrido busca e apreensão, quebra no sigilo bancário e nem quebra do sigilo telefônico.
O vereador relata que já fazem dois anos que o assessor saiu de seu gabinete dele e foi para o de Paulo Henrique, também alvo da operação. Jardel Pires chegou a trabalhar no gabinete do vereador Marcus Brito, mas devido a uma ordem do Comando Vermelho, ele foi remanejado para o gabinete do vereador Paulo Henrique (PV).
“O Jardel Pires foi uma pessoa que participou da minha campanha efetivamente muitas pessoas conhecem ele como promoter de festas em Cuiabá. Ele esteve em meu gabinete em janeiro de 2021 a junho de 2022, um ano e meio, junho agora faz dois anos que ele é meu ex-assessor”.
