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Política Segunda-feira, 29 de Janeiro de 2024, 10:23 - A | A

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EX-PREFEITO

Valdirzinho fica com o "nome sujo" por rombo de R$ 2 mi na Educação de Leverger; esposa é pré-candidata

Governo tentou reaver valor, mas não conseguiu

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) inscreveu o nome do ex-prefeito de Santo Antônio de Leverger, Valdir Pereira Castro Filho, o “Valdirzinho”, no cadastro de inadimplência do Estado, o Fiplan. O protesto é resultado de uma Tomada de Contas interna, que confirmou a responsabilidade do ex-gestor no rombo de R$ 2,1 milhões na Prefeitura, referentes às contas do transporte escolar, em 2018 e 2019. O caso foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) do último dia 22 de novembro.

O assunto deve “bombar” este ano e causar estragos, uma vez que sua esposa, Tayane Castro (União Brasil), é pré-candidata a prefeita da cidade. Valdirzinho está inelegível, após ter tido suas contas de 2019 reprovadas pela Câmara Municipal, em 2022.

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“Considerando o encerramento da Tomada de Contas Especial em sua fase interna, instaurada pela Portaria nº 019/2023/GS/SEDUC/MT publicada no DOE de 13 de janeiro de 2023, com a finalidade de apurar as irregularidades constatadas nas prestações de contas dos recursos de Transporte Escolar dos anos de 2018/2 e 2019/1 e inadimplência de 2019/2, [...]informamos que das análises procedidas foi identificado o senhor VALDIR PEREIRA DE CASTRO FILHO, prefeito municipal e ordenador de despesa à época, como responsável pelo dano ao erário, no valor atualizado até 22/06/2023 (Relatório de Análise de Defesa) de R$ 2.068.937,59”, diz trecho do documento.

O valor deveria ter sido investido no transporte público escolar, que era fruto de reclamação de pais e alunos por causa de sua má qualidade.

Os alunos não foram atingidos apenas com a má qualidade do transporte. Em 2019, Valdirzinho decidiu cancelar o transporte público escolar gratuito para alunos da rede estadual de ensino. À época, ele alegou que o Município não tinha mais condições financeiras para manter o serviço, cujos repasses do Estado estariam defasados.

Caso não queira ter o nome mantido no Fiplan, o ex-prefeito deverá ressarcir o cofre do Estado pelo rombo causado. Se for essa a decisão, o dinheiro pode fazer falta para a futura campanha eleitoral de sua esposa.

Fontes de bastidores revelam que 2024 poderá se tornar um ano marcante para o ex-prefeito. Isso porque estariam previstos julgamentos e investigações dos órgãos fiscalizadores para o decorrer deste ano.

Essas investigações seriam referentes ao fundo de Previdência do Município, o “LevergerPrev”, empréstimos consignados e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Em 2019, o irmão de Valdirzinho, João Bosco Carvalho de Castro, foi ao Facebook para acusá-lo de usar recursos públicos da Prefeitura de Leverger para quitar contas pessoais.

A denúncia motivou uma ação de busca e apreensão, por determinação da Justiça a pedido do Ministério Público, em 2020.

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