Os vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) podem ser vendidos para o Governo da Bahia, que está fazendo obras para implantação do modal. A informação foi divulgada pelo senador Jayme Campos (União Brasil), em entrevista nesta segunda (29), no Palácio Paiaguás, ocasião em que o governador Mauro Mendes (UB) assinou a ordem de serviço para início das obras do BRT.
A autorização para início da obra se deu após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), julgar que o Tribunal de Contas da União (TCU) era incompetente para atuar na fiscalização da obra. A preocupação agora, explica Jayme, é dar a destinação correta para os trens que foram comprados antes de iniciar as obras do VLT.
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“Por exemplo, o caso da própria Bahia, que está em fase de execução. Vender esses VLTs para algum estado que certamente está executando essa obra. O que é mais importante: nós temos que dar uma destinação. Claro que não pode jogar alguns milhões de reais na lata do lixo, essa é a preocupação do governador”, disse Jayme.
Além disso, governo do Estado também busca reaver na Justiça o dinheiro que já foi pago em obras que não terão nenhum proveito para a mobilidade urbana com o BRT.
Sobre o relacionamento do governador Mauro Mendes com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), Jayme disse que é preciso ter bom senso para evitar o que está acontecendo hoje, como a indefinição sobre o modal de transporte que irá atender Cuiabá e Várzea Grande.
Jayme ainda disse que Emanuel está ‘exagerando na dose’ ao defender o VLT.
“Eu acho que tem que ter bom senso, não pode continuar o que está acontecendo até hoje. Eu acho que o Emanuel Pinheiro está exagerando um pouco a dose, na medida em que ele tem que preocupar é com a população, e, sobretudo, tem que preocupar de apurar aqueles que usufruíram, que roubaram milhões de reais em relação a essa obra”, disse o senador.
