O vice-prefeito de Cuiabá, José Roberto Stopa (PV), espera que os integrantes da quadrilha que desviou mais de R$ 13 milhões de recursos públicos do Governo Federal para a Saúde da capital, alvos da operação Iterum, sejam punidos pelo rigor das leis.
“Sempre defendi a transparência e a função da polícia fazer as investigações. E, obviamente, aqueles que forem culpados têm que cumprir, têm que pagar pelo seu crime, sem dúvida nenhuma”, disse em entrevista à imprensa nesta quinta-feira, 05 de outubro.
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Ao ser questionado sobre os respingos dessa ação policial na gestão do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que já foi alvo de outras operações, Stopa destacou que cada um tem seu CPF e, até o momento, só foram confirmadas participações de servidores e que a ação de cada um é impossível ser controlada pela prefeitura.
Ele ainda lembrou que operações acontecem em todas as secretarias de Saúde do país e ressaltou a operação Espelho que apura possível desvio na pasta estadual.
“Operações na saúde, infelizmente, existem no Brasil todo. No governo do Estado, por exemplo, a imprensa divulgou muito pouco, mas há pouco tempo teve a Operação Espelho, que foi pouco divulgada, inclusive. Então, o que a gente tem que entender é que, infelizmente, nós trabalhamos com pessoas. E, às vezes, as pessoas cometem esses crimes, esses erros. E eu volto a dizer, não prejudique nada. Eu tenho o CPF, a pessoa que cometeu o crime tem o CPF dela”, frisou.
“E, obviamente, cada um tem que responder pelas suas ações. E, obviamente, a gente tem que respeitar a todas as operações. A polícia tem que fazer o papel dela de investigar e o judiciário tem que estabelecer pena aqueles que são culpados”, completou.
OPERAÇÃO
A Polícia Federal, com apoio da Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou Operação Iterum, visando à desarticulação de quadrilha investigada pelo desvio de recursos públicos federais destinados à saúde do Município de Cuiabá, com prejuízo aos cofres públicos estimado em R$ 13 milhões.
Durante as investigações, foram detectadas incoerências e graves irregularidades na execução de contrato de serviços de tecnologia, mantido pelo município entre os anos de 2017 e 2022 com empresa do ramo de informática. As análises realizadas com o apoio do órgão de controle não encontraram evidências da efetiva prestação dos serviços contratados, bem como de sua correlação com os respectivos pagamentos. (Com informações da PF)
