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Política Segunda-feira, 10 de Junho de 2024, 18:24 - A | A

Segunda-feira, 10 de Junho de 2024, 18h:24 - A | A

NA COMISSÃO DE ÉTICA

Sete vereadores pedem cassação de colega citado em esquema do C.V.

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

Sete vereadores protocolaram na manhã desta segunda-feira,10 de junho, um pedido de abertura de Comissão Processante para cassar o mandato do vereador Paulo Henrique (PV), alvo da operação Operação Ragnatela. O requerimento foi protocolado junto à Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá.

O pedido é assinado pelos vereadores Demilson Nogueira (PP), Dilemário Alencar (União), Eduardo Magalhães (Republicanos), Luiz Fernando (União), Maysa Leão (Republicanos), Michely Alencar (União), Sargento Joelson (PSB).

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"Os vereadores abaixo assinados solicitam a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Cuiabá que o grave caso que envolve o nome do vereador Paulo Henrique seja remetido à Comissão de Ética e Decoro Parlamentar, para os devidos encaminhamentos, devendo a apontada Comissão emitir parecer sobre o caso, observando o devido processo legal e o direito de ampla defesa e do contraditório ao parlamentar”, aponta.

O presidente do Legislativo, vereador Chico 2000 (PL), é quem vai analisar do documento.

OPERAÇÃO RAGNATELA 

Na última quarta-feira (5), aproximadamente 400 policiais cumpriram oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.

Equipes da FICCO identificaram que criminosos participavam da gestão de casas noturnas em Cuiabá. Com uso dessa estrutura, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.

As investigações apuraram que os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da Federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias deliberadas pela facção criminosa.

A ORCRIM contava com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação de posturas e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

Durante as apurações, identificou-se também esquema para a introdução de celulares dentro de presídios; bem como, a transferência de lideranças da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado que se encontrava em liberdade.

Dois dos principais alvos da operação acabaram sendo presos pela Polícia Federal neste último sábado 1/6, quando desembarcaram em aeroporto do Rio de Janeiro fazendo uso de documentos falsos e posse de grande quantidade de dinheiro em espécie e joias. Posteriormente, foram recolhidos no sistema penitenciária fluminense e também presos por força dos mandados de prisão da presente investigação.

A FICCO/MT é uma força-tarefa composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Judiciária Civil e Polícia Militar e tem por objetivo realizar uma atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado no estado do Mato Grosso.

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