A juíza aposentada e ex-senadora Selma Arruda disse que vai processar o advogado criminalista, Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay. A decisão se dá após o jurista afirmar que Selma, quando ainda titular da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, obrigava o ex-governador Silval Barbosa a ficar nu antes de prestar depoimento. Kakay era advogado do ex-governador, que chegou a ficar preso devido aos esquemas de corrupção em sua gestão.
Ao Estadão Mato Grosso, Selma comentou que o advogado vai ter que provar na Justiça o que comentou durante entrevista ao canal do Youtube My News!. Ela ainda classificou a crítica feita por ele como tentativa de desmoralizar os órgãos do Poder Judiciário.
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“Estou aposentada há tanto tempo, não estou atuando, não sei porque esse senhor lembrou de mim, mas vou processá-lo! Vai ter que provar isso, o que eu acho que vai ser difícil. Você acha que se isso tivesse acontecido mesmo, na época, ele não tinha tomado nenhum tipo de providência?”, questionou.
“Infelizmente, o Poder Judiciário tem sido alvo de inúmeras críticas devido a decisões de seus membros, mas que não podem ser generalizadas, principalmente por esse homem que anda de bermuda no STF [Supremo Tribunal Federal]”, completou.
Durante entrevista aos apresentadores do My News!, Kakay comentou que, na época em que fazia parte da bancada de defesa do ex-governador Silval Barbosa, antes dos depoimentos seu cliente era levado para uma “salinha” na Sétima Vara Criminal e a juíza mandava tirar a roupa dele com objetivo de humilhá-lo.
“Lá no Mato Grosso tinha uma juíza que se falava “Moro de saia”. Ela foi cassada por corrupção em um ano. Ela fez exatamente que o Moro [senador] fez. Eu fui advogado de um governador do Estado de lá. Antes de eu vê-lo, ela o mandava para uma salinha e tirava a roupa dele para humilhá-lo, para quebrar a moral dele antes do depoimento, deixava ele nu. […] Esse governador que foi colocado nu, na sala dessa juíza que, felizmente, foi cassada por corrupção em menos de um ano, representa uma elite que está sofrendo aquilo que os negros e os invisíveis sofrem no dia a dia e que ninguém ouve falar”, disse jurista ao programa.
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