Embora tenha sido alvo de críticas por mais de uma vez por sua forma de conduzir a Saúde Pública de Mato Grosso, o secretário Gilberto Figueiredo lamentou a decisão do deputado Eduardo Botelho, presidente da Assembleia Legislativa (ALMT), dos quadros do União Brasil. A jornalistas, ele afirmou que torce por uma reconciliação entre o deputado e as lideranças do partido. A entrevista foi concedida nesta manhã de quarta-feira, 9 de agosto, durante visita do ministro da Educação, Camilo Santana.
“Desconfortável. Eu faço parte do partido, faço parte da executiva, é sempre ruim que a gente tenha um grande expoente querendo deixar o partido. Eu sempre torci e torço para que o partido tenha o entendimento necessário para escolher aquele que possa ser o melhor representante para as próximas eleições. E eu torço para que ele não deixe o partido. Vejo com um certo desconforto”, disse Gilberto.
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Botelho confirmou que deixará o partido na última segunda-feira, 7, quando conversava com jornalistas. Sua decisão é motivada pela disputa eleitoral do ano que vem, à qual ele pretende disputar à Prefeitura de Cuiabá. Mesmo assim, Figueiredo pontua que o deputado ainda não deixou a legenda e por isso acredita numa pacificação interna.
“Mas isso não é algo ainda consolidado. Eu quero crer que o governador, toda a cúpula do partido vai fazer um esforço para que não deixe o partido. Eu torço para isso. Eu sempre disse que a minha torcida é para que haja um entendimento no partido, para que possamos, no ano que vem, entrar unidos para concorrer e vencer as eleições. E o deputado Botelho é, sim, um grande candidato que poderia ter as condições necessárias para representar o partido, assim como o Fábio Garcia”, explica o secretário.
Já sobre ser candidato a algum cargo, Figueiredo descartou a possibilidade. Segundo ele, seu foco será apoiar aqueles que o ajudaram na última disputa, quando foi candidato a deputado estadual e saiu derrotado das urnas.
SAÍDA DE BOTELHO
Eduardo Botelho decidiu sair do União Brasil com o objetivo de se preparar para a disputa eleitoral do ano que vem. Embora apareça bem pontuado nas pesquisas de intenção de voto, o deputado não conseguiu convencer a liderança do partido, hoje comandado pelo governador Mauro Mendes, que já confirmou ter um compromisso com o deputado federal licenciado e atual secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia, para apoiá-lo no mesmo projeto.
O grupo governista vinha tentando convencer Botelho a aguardar até o ano que vem para conversar sobre o assunto, mas o presidente da AL entendeu que isso acarretaria em grandes riscos de ele ficar "a ver navios", uma vez que, não sendo escolhido, não teria tempo hábil para escolher uma nova agremiação e articular sua candidatura à Prefeitura de Cuiabá.
A última pesquisa eleitoral na modalidade espontânea, divulgada nesta terça-feira (8) pelo Paraná Pesquisas, mostra Fábio Garcia com menos intenções de voto que o atual prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que não pode disputar a reeleição e que é alvo de constantes desgastes.
