A ex-deputada federal Rosa Neide descartou a possibilidade de o PT deixar de lançar uma candidatura própria para apoiar um projeto de outro partido fora da federação Brasil da Esperança (PT, PV e PCdoB) à Prefeitura de Cuiabá nas eleições de 2024. Meses atrás surgiram boatos de que o PT levaria para a federação a ideia de composição com a possível chapa do presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União). Porém, segundo a petista, essa possibilidade não foi discutida.
“Nós temos dois nomes que têm representação política. Não é o momento de o PT dizer olha, nós não temos nomes, muito pelo contrário. Não há nenhuma discussão neste momento, não quero dizer que pra frente não ocorrerá outras discussões. Em política a gente não se fecha as portas, mas, se decisão for hoje, a decisão nossa é o PT ter candidato, entregar o nome para a federal discutir no âmbito da federação, e torcer para que a gente tenha a nossa candidatura definida e disputando a Prefeitura de Cuiabá”, disse Rosa Neide, em entrevista à rádio Cultura FM nesta sexta-feira, 27 de outubro.
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Atualmente, o PT enfrenta uma disputa interna e uma incerteza em torno de sua autonomia para decidir qual nome será levado para discussão na federação. Isso porque a cúpula definiu que nas capitais onde houver mais de um representante, quem vai dar a palavra final serão as lideranças nacionais. Além de Rosa Neide, o deputado estadual Lúdio Cabral também tenta viabilizar o seu projeto.
Apesar de adotarem tons apaziguadores até o momento, nenhum dos dois deve dar o braço a torcer para que não haja intervenções da nacional na definição.
“A gente participa [de discussões], mas não que no caso específico de Cuiabá não haja, da nossa parte, uma busca para que a gente tenha uma decisão interna primeiro, depois coloque o nosso à disposição da federação. Então essa está sendo a caminhada. Não há orientação nacional contrária, é isso. O PT nacional acompanha tanto a minha discussão quanto a do companheiro Lúdio”, comentou.
Depois dessa definição, o partido tem uma outra batalha: convencer demais lideranças de outros partidos a escolherem o nome do PT para ser candidato da esquerda ao comando do Palácio Alencastro. Dentro da federação, o presidente do PV, vice-prefeito José Roberto Stopa, também luta para que o grupo o escolha defina como seu representante na eleição.