Relator do processo que pode resultar na cassação da vereadora Edna Sampaio (PT), o vereador Kássio Coelho (Patriotas) disse não ver nenhuma perseguição política ou de gênero dentro da Câmara de Cuiabá. A suposta perseguição foi apontada pela petista, ao se defender das acusações de prática de rachadinha com a verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete.
Segundo Kássio, os vereadores de Cuiabá são 'muito unidos' e têm respeito uns com os outros. Uma avaliação que contrasta com os constantes 'bate-bocas' que são registrados no plenário da Câmara. Neste ano, já teve até vereador que chamou colega para resolver as desavenças 'lá fora', no estilo colegial.
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“Não vejo nenhuma perseguição entre os colegas. Inclusive, nós somos muito unidos aqui e eu prego essa unidade, da pacificação, da paz e o respeito. No começo, até que quando a gente chega aqui, a gente chega um pouco eufórico. Mas, com o decorrer do tempo, cada um vai mostrando a sua liderança, né?!”, comentou, em conversa com jornalistas na última terça-feira, 16 de maio.
Kássio disse ter uma relação muito boa com todos, especialmente com Edna, pois se senta ao lado dela no plenário e costuma debater com a petista sobre os projetos que tramitam na Casa de Leis. Apesar disso, ele garantiu que será justo na elaboração do relatório da comissão que investigará a denúncia de rachadinha.
“Eu tenho um trato muito bom com os colegas, especialmente com ela. Ela senta próximo de mim, a gente sempre discute algumas pautas, principalmente as pautas da Educação, que é a formação dela. Ela é doutorada nessa área e é uma vereadora muito preparada, também. Mas, assim, a gente vai ser justo, como fomos justos em todos os relatórios, da legislatura passada e do ano passado, e a gente vai ser nesse também”, pontuou.
PRIMEIRAS DEFINIÇÕES
Os membros da Comissão Processante devem se reunir na próxima semana para estabelecer o cronograma dos trabalhos. Eles já definiram que pretendem ouvir os principais envolvidos no caso, como marido de Edna, William Sampaio, a ex-chefe de gabinete Laura Abreu, e o jornalista responsável por denunciar o caso, Romilson Dourado.
“A gente já vai marcar as datas para ouvir. Vamos ouvir o esposo da vereadora Edna, a chefe de gabinete dela também, o repórter também que publicou as mensagens e aí a gente vai ouvir a vereadora. Ela vai ter cinco sessões para se defender e aí a gente vai entregar o relatório ao presidente, que vai encaminhar para a CCJ e daí para a Presidência”, detalhou.