O presidente nacional do PSL, Luciano Bivar, declarou que o deputado federal Nelson Barbudo “não pode” ser o candidato da sigla numa possível disputa pela vaga de senador na eleição suplementar em Mato Grosso. Isso porque Barbudo anunciou sua saída do partido para migrar para o Aliança pelo Brasil, legenda que está sendo construída pelo presidente Jair Bolsonaro.
“A escolha do candidato ao Senado será do diretório estadual, mas Nelson não pode ser o candidato porque ele optou por se filiar ao Aliança”, afirmou Bivar.
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O fato de que Barbudo esteja sendo preterido do PSL é interpretado nos bastidores com uma reação de seus correligionários e foi destaque no jornal ‘O Globo’ na edição que circulou no dia 1° deste mês, que explica a ‘prova de fogo’ que o bolsonarismo irá enfrentar na eleição suplementar em Mato Grosso.
Em oportunidades distintas, Barbudo afirmou que estava no páreo para concorrer ao Senado, dando continuidade ao projeto da juíza Selma Arruda, que foi sua aliada na campanha política de 2018. Próximo de Bolsonaro, Barbudo até esperava contar com o apoio do presidente na campanha ao Senado.
Mas, para não passar “vergonha”, como cita uma das falas de Barbudo em entrevista recente, o momento é de esperar, considerando a possibilidade de Bolsonaro dar mais atenção a outros apoiadores dentro do Estado, inclusive um nome apontado pelo governador Mauro Mendes (DEM).
OUTRO LADO - A reportagem entrou em contato com o deputado Nelson Barbudo para saber seu posicionamento diante das declarações de Bivar, mas não obteve sucesso nem retorno nas ligações.
A assessoria do parlamentar, por sua vez, manteve o discurso de que o deputado costuma dizer que “não vai a velório de gente viva”, pelo fato de que a senadora “Selma Arruda continua no cargo e não há que se falar em eleição suplementar”. A declaração se refere ao fato de que Arruda ainda luta para reverter sua situação na Justiça, bem como a lentidão do Senado em cassar o mandato.
Ainda conforme a assessoria, Nelson Barbudo não está em campanha e nesta quarta-feira (4) foi a Brasília para participar da sessão plenária que irá votar os vetos encaminhados pelo governo federal.
