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Política Quinta-feira, 13 de Junho de 2024, 11:02 - A | A

Quinta-feira, 13 de Junho de 2024, 11h:02 - A | A

OPERAÇÃO RAGNATELA

Presidente da Comissão de Ética diz não haver provas para processo contra vereador alvo da PF

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

O presidente da Comissão de Ética da Câmara de Cuiabá, vereador Rodrigo de Arruda e Sá (PSDB), afirmou nesta quinta-feira, 13 de junho, que não há provas nem documentos suficientes para justificar a abertura de uma Comissão Processante contra o vereador Paulo Henrique (MDB), alvo de busca e operação da Polícia Federal na Operação Ragnatela. Um pedido de cassação, assinado por 7 vereadores, está sendo analisado pela Comissão de Ética.

A PF suspeita que Paulo Henrique teria atuado em benefício do Comando Vermelho, articulando pela liberação de alvarás e licenças para shows que serviam para lavagem de dinheiro da facção. O produtor de eventos Rodrigo Leal, indicado por Paulo Henrique para um cargo comissionado na Câmara, também foi preso durante a operação.

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“Não tem ainda provas, não tem inquérito, não tem denúncia do Ministério Público, não tem nada ainda que comprove realmente o envolvimento do Paulo Henrique com o Comando Vermelho”, disse Rodrigo.

“A gente vai se pautar por provas e documentos. Por enquanto, não há documento nenhum para você abrir uma processante, uma coisa nesse sentido, que seja mais grave”, completou.

Em conversa com jornalistas, Rodrigo Arruda afirmou que irá encaminhar o pedido de cassação para a Procuradoria do Legislativo, que deverá emitir um parecer sobre a denúncia e a possibilidade de abertura de um processo. A previsão é de que o parecer seja emitido até a próxima semana, dentro do prazo estabelecido pelo regimento interno da Câmara.

Quanto à falta de informações sobre a investigação, o presidente da Comissão de Ética afirmou que pretende notificar a Polícia Federal para ter acesso ao inquérito ou a esclarecimentos sobre as suspeitas envolvendo Paulo Henrique. No entanto, ele pediu ‘respeito ao prazo’ e lembrou que outras figuras da política cuiabana já foram alvos de busca e apreensão sem que nada fosse comprovado contra elas.

“Nós vamos tomar todas as providências. Vamos notificar a Polícia Federal, vamos pedir esclarecimentos. Vamos ver se eles podem encaminhar para a gente, se ainda não tá no prazo de investigação sigilosa da Polícia Federal. Vamos respeitar o prazo”, concluiu.

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