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Política Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 10:42 - A | A

Quinta-feira, 06 de Junho de 2024, 10h:42 - A | A

OPERAÇÃO RAGNATELA

Presidente da Câmara confirma exoneração de servidores investigados pela PF

Gabriel Soares

Editor-Chefe | Estadão Mato Grosso

Thiago Portes

Repórter | Estadão Mato Grosso

O presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), confirmou nesta quinta-feira, 6 de junho, que já exonerou os três servidores presos pela Polícia Federal na Operação Ragnatela, deflagrada na quarta-feira, 5. Entre os servidores presos está Rodrigo Legal, que era coordenador de Cerimonial da Câmara.

“Tão logo soube da prisão de três pessoas que trabalham aqui na Casa, imediatamente nós fizemos a exoneração dos três. Essa é uma medida permitida ao presidente”, explicou.

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Chico explicou que os servidores foram nomeados em cargos comissionados e, por isso, podem ser exonerados a qualquer momento. Ele lembrou ainda que, como estão presos, esses servidores sequer vão poder dar continuidade aos seus trabalhos na Câmara.

“Eles estão presos, vamos esperar o que? Se eles forem inocentes, podemos readmiti-los, mas agora eles estão presos, nem poderão cumprir seus ofícios na Câmara. Então, eu não tive escolha”, detalhou.

SOBRE A OPERAÇÃO

Aproximadamente 400 policiais cumprem oito mandados de prisão preventiva e 36 de busca e apreensão nos estados de Mato Grosso e Rio de Janeiro, além do sequestro de imóveis e veículos, bloqueio de contas bancárias, afastamento de servidores de cargos públicos e suspensão de atividades comerciais. As ordens judiciais foram expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá.

Equipes da FICCO identificaram que criminosos participavam da gestão de casas noturnas em Cuiabá. Com uso dessa estrutura, o grupo passou a realizar shows de cantores nacionalmente conhecidos, custeados pela facção criminosa em conjunto com um grupo de promoters.

As investigações apuraram que os acusados repassavam ordens para a não contratação de artistas de unidades da Federação com influência de outras organizações criminosas, sob pena de represálias deliberadas pela facção criminosa.

A ORCRIM contava com o apoio de agentes públicos responsáveis pela fiscalização e concessão de licenças para a realização dos shows, que agiam sem observância da legislação de posturas e recebendo, em contrapartida, benefícios financeiros.

Durante as apurações, identificou-se também esquema para a introdução de celulares dentro de presídios; bem como, a transferência de lideranças da facção para estabelecimentos de menor rigor penitenciário, a fim de facilitar a comunicação com o grupo investigado que se encontrava em liberdade.

Dois dos principais alvos da operação acabaram sendo presos pela Polícia Federal neste último sábado 1/6, quando desembarcaram em aeroporto do Rio de Janeiro fazendo uso de documentos falsos e posse de grande quantidade de dinheiro em espécie e joias. Posteriormente, foram recolhidos no sistema penitenciária fluminense e também presos por força dos mandados de prisão da presente investigação.

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