A vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), está disposta a quebrar seu sigilo financeiro para que os membros da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara vejam que não houve desvio de recursos da verba indenizatória. Na última segunda-feira, 15 de maio, a Comissão de Ética deu abertura a um processo para investigar a denúncia de possível rachadinha com a verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete.
“Eu gostaria que a comissão olhasse para minha prestação de contas, estou disposta, inclusive, a quebrar meu sigilo financeiro para que a comissão tenha acesso aos dados e as informações que eu estou me referindo aqui. Felizmente, graças a Deus, nós temos um mandato coletivo e nesse mandato coletivo para além da prestação de atividades, relatório de atividades que a Lei exige dos vereadores”, disse.
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Aos integrantes da comissão, Edna disse que está passando por um momento difícil e que está vítima de violência política de gênero e de fake news, mas que, apesar de todas as adversidades, está tranquila e irá apresentar os relatórios de seus gastos com a verba indenizatória.
“Antemão esta comissão está diante de uma violência política de gênero, é uma infração ilegal, do Código Eleitoral, que visa interditar o meu mandato, que visa colocar a vereadora Edna Sampaio, correndo para se defender de um crime que nunca cometeu”, destacou.
“Nós estamos prontos para nos defender, claro, obviamente, que gostaria muito que está comissão compreendesse a gravidade da abertura de uma comissão processante, baseado exclusivamente numa fake news, fui acusada de fazer rachadinha no meu mandato, o que é um absurdo, uma coisa que nunca imaginei que pudesse acontecer isso”, acrescentou.
A vereadora disse ainda que desde que foi acusada de rachadinha, conseguiu provar que nenhum procedimento de investigação contra ela foi instaurado pelo Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e que sua ex-chefe de gabinete já veio a público desmentir a informação de que transferiu seu salário para as contas bancárias da parlamentar.
Edna ressaltou que se sente atacada por um processo que não corresponde com a verdade. Ela ainda pediu que a comissão não levasse o processo adiante.
“Gostaria muito que esta Casa pudesse agir no sentido de proteção de um membro desta Casa, de uma mulher, da primeira mulher negra eleita aqui para vereança no Município de Cuiabá e que jamais teve qualquer tipo de conduta que possa ser alvo da abertura de uma comissão de ética neste parlamento”, disse.