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Política Terça-feira, 14 de Maio de 2024, 16:50 - A | A

Terça-feira, 14 de Maio de 2024, 16h:50 - A | A

COMISSÃO PROCESSANTE

"Nunca vi na minha vida coercitiva para testemunhas", diz Chico 2000

Fernanda Leite

Repórter | Estadão Mato Grosso

Presidente da Câmara de Cuiabá, Chico 2000 (PL), que é advogado por formação, disse nesta segunda-feira, 14 de maio, que nunca viu em "sua vida" depoimento coercitivo de testemunhas em nenhum campo jurídico. A fala dele vem logo após o presidente da Comissão Processante que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) por atos políticos administrativos, o vereador Wilson Kero Kero (PMB) dizer que possivelmente pretende ouvir os depoimentos do ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Célio Rodrigues da Silva, e o ex-secretário-adjunto, Milton Corrêa da Costa, que não compareceram na oitiva de segunda-feira (13).

Até o momento, Chico 2000 disse não ter oficialmente este questionamento pela Comissão Processante. E lembra que se a "testemunha de defesa não compareceu, é prejudicial ao investigado".

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"Não tenho esse questionamento por parte da Comissão, mas eu quero dizer que não é normal você promover condução coercitiva de testemunha de defesa. É normal você promover condução coercitiva de testemunha de acusação. Se a testemunha de defesa não vem, é problema do réu, e pior para o réu. Essa é a oportunidade para que o réu tenha alegações em seu favor. Se o réu não traz essas testemunhas e se essas testemunhas não vêm, a Comissão não tem que falar de condução coercitiva e testemunhas de defesa. Eu nunca vi isso em processo nenhum na minha vida", disparou o presidente da Câmara.

Kero Kero lembrou que as testemunhas de defesa têm que ser levadas pelo prefeito e advogados. "Fizemos as intimações e não nos localizamos. E somente a Helen se fez presente e ficou acordado que vamos intimá-los novamente. E temos até o dia 5 do mês que vem para oitivas, e se acontecer, vai ser feito a oitivas deles, o Célio é muito importante. Se ele não vier vou consultar a Procuradoria da Casa, e se for possível vamos trazer ele coercitivamente. Tem muitas coisas obscuras que somente eles irão responder, como empresas, aquisições, fornecimentos, notas e outros. Porque eles estavam à frente destes contratos", disse.

Com relação ao depoimento de Emanuel, ele lembra que o prefeito foi convidado para depor no dia 22 deste mês, mas caberá a ele decidir se virá ou não, porque ele tem prerrogativa de não comparecer. "Vamos oficiar o convite, é um momento importante para ele fazer a defesa dele. Eu já ouvi dizer que ele poderá comparecer", comentou.

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