O projeto do VLT Cuiabano aponta a preservação de R$ 500 milhões em obras já executadas, conforme documento ao qual o Estadão Mato Grosso teve acesso. A informação surgiu após análise técnica relativa às Obras de Arte de engenharia voltadas à implementação do modal de transporte coletivo, destacando obras já concluídas e uma ainda em execução.
Diante dos valores apresentados no levantamento, datados de 2010, os mesmos foram atualizados aplicando índices de correção monetária, assim como os da construção civil. As obras fazem parte do projeto original de implementação do modal. Destaca-se que, para a conclusão do VLT, resta a execução da ponte sobre o rio Coxipó. (Confira a tabela abaixo).
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Em outubro do ano passado, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou o cadastramento do projeto para obtenção de recursos do Novo PAC de Mobilidade do Governo Federal. Defensor incansável do modal, o gestor travou uma "guerra" com o governador Mauro Mendes (União) para a instalação do VLT na Capital.
"O VLT é tudo de bom e de melhor para o povo de Cuiabá. Os cuiabanos não podem se contentar com pouco. E eu vou trazer carroça de novo para cá, a troco de quê? BRT foi sucesso 50 anos atrás em Curitiba, quando Jaime Lerner teve o primeiro mandato dele de prefeito e idealizou os corredores exclusivos de ônibus. Aí agora, 50 anos depois, com mais de 1 bilhão de reais gastos, Cuiabá perde a oportunidade de ter um meio de transporte moderno, sustentável, que dá dignidade aos usuários de transporte coletivo, que impacta o desenvolvimento econômico, que valoriza a cidade, que muda completamente o conceito de desenvolvimento urbano? As principais cidades do Brasil e do mundo estão largando o BRT e indo para o VLT”, enfatizou.
De acordo com informações da Gazeta Digital, o novo VLT Cuiabano deverá custar aos cofres públicos o montante de R$ 4.968.750 e terá novos trechos. Serão excluídos aproximadamente 5 km que ligariam a Capital ao Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.
A mudança no percurso ocorreu após o início das obras do Bus Rapid Transit (BRT) pelo Governo do Estado. No novo projeto, o modal, que abrangia Várzea Grande, será estendido até o Distrito Industrial - no trecho Coxipó.
O projeto original do VLT tinha 22.180 metros e 33 estações. No projeto reestruturado pelo município de Cuiabá, o VLT terá 23.125 metros, com 3 terminais de integração, 1 estação de conexão e 32 estações de transbordo. Conforme o projeto apresentado ao PAC, serão dois corredores estruturantes do Sistema de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT): linha 1 - Porto/CPA e linha 2 - Centro/Distrito Industrial.
Para a execução, será necessário aporte do Governo Federal no montante de R$ 4,9 bilhões. A base de cálculo inclui o valor de R$ 150 milhões por km construído, incluindo as estações (17,775 km), totalizando R$ 3,4 bilhões. Além disso, a construção do Centro de Controle de Operações (CCO), das oficinas e manutenção do sistema, custará R$ 500 milhões; e a aquisição de material rodante e equipamentos para o CCO, no montante de R$ 1 bilhão.
SMADESS | Pref. de Cuiabá
