Apoiador do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições deste ano, o deputado federal cassado Neri Geller (PP) tem se sentido triste com as ofensas que tem recebido por opositores e ex-aliados. Um desses episódios foi registrado dentro de um voo, onde o político é hostilizado e "expulso" do estado. O caso foi registrado em vídeo, que ganhou as redes sociais.
Em entrevista ao programa A Tribuna, da rádio Vila Real, Neri comentou que esperava que as pessoas levassem em consideração o seu trabalho desenvolvido no estado, principalmente para a área de agricultura e pecuária, e que respeitasse seu posicionamento político.
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“Eu vim de Brasília ontem e teve muitas pessoas que estavam no movimento lá, respeito todas as manifestações, mas em alguns momentos fui criticado e xingado e me deixa triste isso porque eu sempre respeitei todo mundo. Os produtores sabem o quanto eu trabalhei. Porque eu tenho uma condição ideológica diferente, porque apoiei o presidente Lula aqui, é um governo mais popular, estou sendo muito criticado”, disse.
Neri disse que apesar das manifestações contrárias está com a consciência tranquila e que pretende ajudar o estado na equipe de transição de governo.
“Eu fiquei bastante triste pela forma que as pessoas estão tratando o seu semelhante com intolerância, muitas vezes com falta de respeito, e nós não precisamos disso. Moro aqui há 40 e poucos anos e todo mundo que me conhece sabe que eu tenho acesso fácil e sabe que sempre que o setor precisou pode contar 100% comigo”, destacou.
Rejeição da Aprosoja
Além de Geller, também compõe a comissão do agro na equipe de transição o senador Carlos Fávaro. Os dois têm sido rejeitados pelos produtores do estado. A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT) "decidiu" que eles e o empresário, Carlos Augustin, não têm legitimidade para representar o setor como interlocutores em Brasília.
Sobre a manifestação da associação, Geller disse que respeita o posicionamento, mas criticou a posição política da direção da entidade.
“Respeito a Aprosoja, respeito seus líderes, a posição política deles, eu não concordo, eu acho que não deveria ter usado a entidade para fazer tanta política, mas é uma decisão deles que eu sei respeitar, porque eu sei respeitar a democracia”, ressaltou.