Polêmico por natureza, o prefeito Abilio Brunini (PL) evitou comentar a polêmica envolvendo o governador Mauro Mendes (União Brasil) e os magistrados do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) por causa da proposta que instala câmeras nas fardas de policiais. Recentemente, o chefe do Executivo estadual propôs o instrumento em magistrados e membros do Ministério Público, em resposta à pressão para que o Estado instale o equipamento nas fardas dos policiais militares.
“A opinião é que estou com muito problema para resolver que eu não preciso entrar nessa polêmica. Cara, é coisa demais que eu tenho para lidar... é tanto rolo, que não vou entrar no rolo dos outros. Deixa esse problema dos outros para lá”, disse o prefeito de Cuiabá.
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Municipalmente, Abilio já deixou claro que não irá adotar a medida quando instalar, de fato, a Guarda Municipal. O gestor pontuou que pretende fortalecer a Segurança Pública aderindo ao programa Vigia Mais MT, do Governo do Estado, que consiste em instalar câmeras de monitoramento pela cidade para auxiliar as forças de segurança.
TRETA
O governador tem sido pressionado a adotar o uso de câmeras nas fardas dos para combater a letalidade das ações policiais. A medida vem sendo adotada em outras regiões do país. Em Mato Grosso, um dos principais entusiastas é o deputado estadual Wilson Santos (PSD), que inclusive integra a base do governador.
Desde o início, Mauro tem se colocado contrário à proposta, afirmando que a medida não combate a raiz dos problemas, que é a própria criminalidade. Pressionado, o governador pontuou que seria favorável à medida se pudesse colocar o equipamento também na classe política e em membros do sistema judiciário, citando inclusive que há magistrados investigados por venderem sentença.
O comentário não foi bem recebido pelo sistema judiciário. O presidente do TJMT, desembargador José Zuquim Nogueira, e a Associação Mato-Grossense de Magistrados (Amam) emitiram nota de repúdio contra ele.