O governador Mauro Mendes (União) defendeu que o Brasil não deve aceitar que outros países ditem regras ambientais e imponham sanções comerciais descabidas. Durante sua fala no Fórum Empresarial Lide, no Rio de Janeiro, Mauro afirmou que está querendo banir de Mato Grosso as Organizações Não Governamentais (ONGs) que não assinarem um termo de compromisso de respeitar as leis ambientais brasileiras.
“Eu acho que isso deveria ser feito em todo o território. Não podemos aceitar que alguém venha dentro do nosso país, dentro da nossa casa, nos insultar, desrespeitando a lei brasileira, que acata profundamente os nossos direitos”, disse.
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Dias atrás, o governador já havia criticado uma legislação europeia que visa proibir a importação de produtos que venham de áreas desmatadas, seja legal ou ilegalmente, uma medida que impacta os negócios que o Brasil tem com os países do Velho Continente. Para ele, essa medida é uma afronta à soberania do país e até mesmo às relações e tratados internacionais.
Mauro ainda destacou que Mato Grosso preserva mais de 60% das florestas em seu território, enquanto os europeus estão aumentando o consumo de carvão, causando danos ao meio ambiente.
“Estamos entre os cinco maiores produtores de alimentos do mundo e somos o maior exportador líquido de alimentos. Algumas narrativas que se constroem contra o Brasil são narrativas que tentam alcançar o seu objetivo, mas de longe não vão conseguir, porque o mundo não consegue sobreviver sem as exportações de alimentos do nosso país”, ressaltou.
O governador enfatizou que a legislação ambiental brasileira é uma das mais restritivas do planeta e, por isso, o Brasil deveria ser visto como um exemplo no quesito proteção ambiental. Além disso, o país tem uma das matrizes energéticas mais limpas do planeta.
"Aquilo que nós temos no Brasil, talvez nenhum país relevante desse planeta tem, em termos de legislação para proteger o meio ambiente. Ao invés de reconhecer os nossos grandes ativos ambientais, eles ficam lá para proteger as suas emissões, que continuam aumentando 40% das emissões mundiais de carbono”, complementou.
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