O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) instaurou um procedimento investigatório para apurar a denúncia contra a vereadora de Cuiabá, Edna Sampaio (PT), de rachadinha da verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu.
De acordo com a assessoria de imprensa do MP, foi instaurado uma notícia de fato, procedimento que antecede o inquérito civil. O processo tramita em sigilo e foi distribuído para investigação do promotor de Justiça, Mauro Zaque. Além do procedimento no Ministério Público, Edna também é alvo de um processo na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar sobre o mesmo assunto.
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A comissão terá o prazo de 90 dias, podendo ser prorrogado pelo mesmo período, para apurar os fatos e apresentar um relatório para votação no plenário da Câmara. O relator do caso é o vereador Kássio Coelho (Patriota) que também relatou o processo que resultou na cassação do ex-vereador Tenente Coronel Paccola (Republicanos).
Edna escolheu o ex-juiz federal Julier Sebastião para assumir sua defesa. Nesta semana, a vereadora disse que não irá mais comentar sobre o assunto com a imprensa até que o relatório seja apresentado para ser votado no plenário.
A parlamentar comentou que está tranquila diante do fato e que está disposta a prestar esclarecimento em qualquer órgão de fiscalização e ao judiciário.
DENÚNCIA
A vereadora foi alvo de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. O caso apresentado pelo site RDNews mostra prints em que a ex-chefe de gabinete era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
O episódio fez com que seus colegas de parlamento apresentassem pedido de abertura de comissão processante na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara para apurar suposta quebra de decoro.
OUTRO LADO
A vereadora se defendeu das acusações dizendo que está sendo vítima de violência política e de gênero por pessoas que tentam desgastá-la emocionalmente com acusações que não tem nenhum fundamento.
Edna explicou que seu mandato é coletivo, e tem participação de co-vereadores, que são informados a cada trimestre sobre como estão sendo gastos os recursos de suas verbas indenizatórias, tanto suas como do chefe de gabinete.