A vereadora por Cuiabá, Michelly Alencar (União), criticou Edna Sampaio (PT), que é alvo de um processo na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara por denúncia de rachadinha com verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete, Laura Abreu. Na avaliação da parlamentar, a petista se vitimiza alegando que está sendo perseguida pelos seus adversários.
“Por muitos momentos eu vejo esse perfil de se vitimizar, se colocar sempre na condição de que está sendo perseguida, que é porque ela é mulher, é porque ela é negra, é porque ela é do PT. Não tem nada a ver com isso, ninguém está perseguindo a vereadora Edna, estamos tratando na Comissão de Ética de fatos, fatos que aconteceram nesta Casa”, disse à imprensa na quinta-feira, 29 de junho.
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“Uma gestante grávida foi exonerada, mas, principalmente, verbas indenizatórias destinadas à chefe de gabinete foram transferidas para várias contas, isso não é uma prática legal, ela precisava esclarecer esses fatos”, ressaltou.
Michelly ainda avaliou que durante a oitiva na Comissão de Ética, ao ser questionada pelas transferências bancárias feitas pela ex-chefe para contas da vereadora, Edna começou a atirar contra outros parlamentares, como comentários de que o presidente do parlamento, vereador Chico 2000 (PL), e o ex-vereador Felipe Wellaton (Republicanos) também foram alvos de denúncias de rachadinha, assim como ela, e que ambos não tiveram o mesmo tratamento.
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NOVAS PROVAS
Michelly Alencar disse ainda que a ex-chefe de gabinete de Edna tem entregado várias provas de que houve a prática de rachadinha e de que não houve acordo para demissão da ex-servidora, que estava grávida na época dos fatos.
Ela ressaltou que caso independente do resultado do relatório da Comissão de Ética sobre a denúncia de rachadinha de VI, ela vai encaminhar ao colegiado para que apure a exoneração de Laura.
“Caso não haja cassação, teremos uma possibilidade de abrir um outro com relação à investigação do processo da gestante, inclusive a Laura tem me encaminhado várias, várias provas de que aquilo que a Edna falou na oitiva não é verdade. Então, tem, e eu, a minha orientação foi, encaminhe para a comissão de ética, que eles vão avaliar e apensar todas essas provas, inclusive se for necessário até ouvi-la novamente. Essa é uma investigação da comissão de ética, estou aqui para contribuir, não faço parte da comissão”, disse.
“Eu quero dizer aqui, o meu papel de defesa é para mulher, é para vereadoras, não é para uma vereadora. Então, a Edna não pode dizer que essa defesa é seletiva”, complementou.
