O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Max Russi (PSB), participou na manhã desta terça-feira (5) de uma reunião com o Conselho da Previdência que decidiu pela criação de um grupo de estudo para encontrar uma solução para o déficit previdenciário. Estudos realizados pelo MTPrev apontam que o rombo deverá atingir a cifra de R$ 24 bilhões nos próximos anos.
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Em conversa com jornalistas após a reunião, Max explicou que o grupo irá analisar três propostas nos próximos dias. Sem revelar o conteúdo das outras duas propostas, Max afirmou que tende a apoiar a ‘segregação de massa’, que pretende repassar ao Estado o custeio total de um grupo de aposentados.
“Olhando por cima as três propostas, acho que a segregação de massa talvez seja uma das opções. Com a segregação a partir de uma data limite, o governo assume os aposentados, desconta a contribuição e faz um aporte para pagar as aposentadorias dos novos aposentados. Enquanto isso, o fundo atual continua pagando os servidores que estão aposentados atualmente”, detalhou.
Após concluir o estudo, o grupo irá encaminhar um projeto para a Assembleia para ver qual será a melhor definição para o déficit da previdência estadual.
Max lembrou que tem apresentado vários projetos na Assembleia Legislativa com o objetivo de destinar recursos para o fundo previdenciário, na tentativa de amenizar o déficit. O foco é garantir que uma parte de todos os fundos e programas criados pelo governo seja direcionado à Previdência, até recompor o déficit.
ROMBO EM 2020 - Segundo balanço publicado pelo governo do Estado em setembro, o MTPrev encerrou o ano de 2020 com déficit de R$ 132 milhões. As projeções atuais mostram que esse valor pode chegar a R$ 350 milhões até dezembro deste ano.
O documento aponta que o Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) do Estado está com uma receita de R$ 3,11 bilhões. No entanto, o valor gasto o pagamento de aposentados em 2020 atingiu R$ 3,242 bilhões. A projeção aponta que esse déficit pode chegar a R$ 664 milhões em 2031.
Os números mostram que a Reforma da Previdência realizada pelo governo do Estado não foi suficiente para conter o déficit crescente no MTPrev. As alterações causaram o aumento da alíquota previdenciária de 11% para 14%, que passaram a ser aplicadas também sobre os servidores aposentados e pensionistas.
