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Política Quinta-feira, 02 de Junho de 2022, 14:22 - A | A

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ENTRANHAS DA MORTE

Mauro: "TCU e Cuiabá devem ser responsabilizados por acidentes na FEB"

Governador esteve em Brasília nesta quarta e se reuniu com o ministro Aroldo Cedraz, oportunidade em que tratou sobre a suspensão dos processos relacionados ao BRT

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) esteve em Brasília nesta quarta-feira, 1º de junho, para falar com o Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a decisão que suspendeu os procedimentos administrativos relativos à troca do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) por Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).

Em conversa com o ministro Aroldo Cedraz, Mauro disse que pessoas estão morrendo na Avenida da FEB, em Várzea Grande, devido aos resquícios da obra do VLT, que estão no local e falou que vai chegar um momento em que terá que responsabilizar a Prefeitura de Cuiabá ou o ministro pelos acidentes que acontecem na via.

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Mauro reiterou que a decisão proferida pelo TCU é absurda e questionou o motivo que levou à paralisação do projeto de implantação do BRT. Ele ainda lembrou que diferente do órgão, o Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) negou o pedido do Município de Cuiabá para suspender a licitação do BRT.

"Eu falei de novo com o ministro e novamente eu afirmei pra ele o absurdo que é a decisão que ele tomou. Falei: 'ministro, pelo amor de Deus, nós estamos lá com gente morrendo na Avenida da FEB. Daqui a pouco, a Pefeitura de Cuiabá e o senhor terão que ser responsabilizados'. Por que parar uma obra? Qual o motivo? O TCE acabou de decidir aqui. Agora é o que? Vou obedecer ao TCE ou o TCU?", questionou durante entrevista à imprensa nesta quinta, 2.

O governador reiterou que a nova proposta de modal não tem nenhum centavo de verba federal e que a decisão é incompreensível e que cogitou "interesses escusos".

"Nesta obra não tem um centavo do governo federal e nem um centavo de órgão federal. O Ministério Público já disse isso, declinando de participar de uma ação. Chega a ser, entre aspas, incompreensível. Mas eu já compreendo os interesses escusos que talvez estejam por trás disso", disse.

Novela sem fim – A novela do VLT se estende desde 2014, quando o modal deveria ter sido entregue. O projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, já foi alvo de operação e teve o contrato rescindido em 2017. Após estudo, o governo decidiu mudar o modal e em abril divulgou a empresa vencedora do certame que será responsável pela realização das obras do BRT, no valor de R$ 468 milhões.

No entanto, o TCU decidiu manter a decisão cautelar que suspendeu todos os procedimentos administrativos relativos à troca do VLT pelo BRT.

Inspeção – A obra paralisada desde 2014 deve ser vistoriada pelos deputados federais que compõem a Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal. Os parlamentares aprovaram o requerimento para realização de uma visita técnica para verificar a situação do modal. A visita deve acontecer no início de julho.

Além dela, a Comissão de Obras Paralisadas e Inacabadas da Câmara Federal também aprovou a relialização de uma visita técnica às obras do modal.

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