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Política Terça-feira, 24 de Maio de 2022, 15:09 - A | A

Terça-feira, 24 de Maio de 2022, 15h:09 - A | A

"CONVERSA FIADA"

Mauro nega tratativas para vender vagões do VLT

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União Brasil) negou qualquer tentativa de venda dos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Nesta semana foi noticiado que o governo estaria dialogando com a Prefeitura do Rio de Janeiro para comerciar os trens do modal.

Mendes explicou que os vagões não pertencem ao Estado e que uma ação tramita na justiça para que o consórcio responsável pela obra dê outra finalidade nos equipamentos.

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“Zero de fundamento, zero, zero, …zero ao cubo, zero ao quadrado. Por quê? Porque nós entramos com uma ação na justiça. Esses vagões não são do Estado. Na justiça dizemos: “olha, leva isso embora, isso é de vocês e devolvam o dinheiro, ponto””, disse em entrevista à imprensa nesta terça-feira, 24 de maio.

“O governo não está negociando com ninguém para vender vagão A, B ou C. Quem falar diferente disso está conversando fiado. O que tem de real é a ação que o governo entrou na justiça dizendo: “leva embora, o contrato foi rescindido e vocês praticaram corrupção […] nós não compramos vagões, nós compramos um sistema de transporte coletivo funcionando e eles não entregaram isso”, complementou.

Mauro lamentou muita “conversa fiada” acerca do tema e comentou que no estado tem muita fofoca. “Em Mato Grosso se planta muita soja, muito milho, mas tem muita fofoca sendo implantada por aí também”, disse.

Novela sem fim - A novela do VLT se estende desde 2014, quando o modal deveria ter sido entregue. O projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, já foi alvo de operação e teve o contrato rescindido em 2017. Após estudo, o governo decidiu mudar o modal e no último dia 28 divulgou a empresa vencedora do certame que será responsável pela realização das obras do VLT, no valor de R$ 468 milhões.

No entanto, no último dia 12, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu manter a decisão cautelar que suspendeu todos os procedimentos administrativos relativos à troca do VLT por Ônibus de Trânsito Rápido (BRT).

O ministro do TCU, Aroldo Cedraz acatou a representação feita pelo Município de Cuiabá que apontou irregularidades no processo de mudança do modal que estava previsto para ser instalado em Cuiabá e Várzea Grande.

Inspeção – A obra paralisada desde 2014 deve ser vistoriada pelos deputados federais que compõem a Comissão de Viação e Transportes da Câmara Federal. 

Na última semana, os parlamentares aprovaram o requerimento para realização de uma visita técnica para verificar a situação do modal.

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