O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou nesta segunda-feira (13) que não irá negociar com os policiais penais que estão ameaçando deflagrar greve em busca de melhorias salariais. Segundo ele, o ato realizado na sexta-feira (10) em frente a Penitenciária Central do Estado (PCE) quase expôs Mato Grosso com uma péssima imagem diante de autoridades nacionais.
O governador havia marcado a entrega de dois raios na PCE para a última sexta e convidou diversas autoridades. No entanto, os policiais penais organizaram uma manifestação em frente ao local, o que levou ao cancelamento da agenda. A categoria está insatisfeita com os salários e pede a equiparação de seus vencimentos aos demais profissionais que atuam nas forças de Segurança do Estado, como policiais civis e militares.
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“Nós sempre tivemos as portas abertas e estamos aprofundando nesse tema para conhecer e compreender melhor. Vamos dialogar, não tem problema fazer o diálogo, mas o que eles fizeram na semana passada foi muito ruim, muito ruim. Nós tínhamos autoridades nacionais que viriam aqui e tivemos que cancelar para não expor o Estado de Mato Grosso àquela situação de constrangimento”, disse Mauro.
Na última semana, os policiais penais entraram em estado de greve e ameaçaram paralisar as atividades já no domingo, 12 de dezembro. No entanto, os profissionais recuaram após o secretário de Estado de Segurança Pública, Alexandre Bustamante, afirmar que as negociações seriam encerradas se categoria parasse, já que policiais são impedidos de fazer greve por força da Constituição Federal.
Uma reunião para tentar pacificar a crise foi marcada para esta terça-feira, 14 de dezembro, no Palácio Paiaguás. Participarão do encontro o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), Amauri das Neves, o vice-governador Otaviano Pivetta e o secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho.
Os policiais penais alegam que recebem menos de metade do salário percebido por outras carreiras da Segurança Pública. O secretário de Estado de Gestão, Basílio Bezerra, chegou a propor um aumento de 14%, já incluindo a Revisão Geral Anual (RGA) de 2022, o que não foi aceito pela categoria.