O governador Mauro Mendes (União) culpou o governo federal pelo atraso no projeto da Ferrogrão, via férrea projetada para ligar o 'coração do agronegócio' de Mato Grosso, em Sinop, aos portos de Miritituba, no Pará.
Uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou, em setembro do ano passado, o andamento dos estudos técnicos sobre a Ferrogrão, com atualizações para mitigar os problemas ambientais que dificultam o avanço do projeto. Porém, segundo o governador, não houve nenhum andamento nos últimos meses.
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“A Ferrogrão é extremamente importante, há muitos anos, diga-se de passagem, está no papel apenas. Nem o licenciamento andou, ficou um tempo parado por decisão do Supremo Tribunal Federal, foi liberado, e mesmo assim não andou e não está andando até agora”, disse Mauro na última quarta-feira, 17 de abril, durante entrevista na Norte Show 2024, em Sinop.
Mendes disse ainda que o Governo do Estado e a bancada federal de Mato Grosso têm feito articulações em Brasília para que o projeto da Ferrogrão fosse incluído no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) até 2026. Porém, não tiveram sucesso nessa empreitada também.
“Nós fizemos um trabalho junto com o governo federal, junto com a bancada federal, para mantê-la na expectativa do PAC, mas até agora, nós estamos vendo poucas evoluções. Vou continuar dialogando com o governo federal, porque cabe a ele fazer esse licenciamento, porque se coubesse a nós, Governo do Estado, pode ter certeza que esse troço tinha andado”, lamentou.
Sonho antigo do agronegócio mato-grossense, a Ferrogrão deve facilitar o escoamento da produção de grãos através dos portos do Arco Norte, reduzindo em até 40% o custo de frete. O valor estimado do projeto era de R$ 12 bilhões até 2021, para a implantação de 933 quilômetros de trilho, acompanhando o traçado da BR-163.