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Política Segunda-feira, 25 de Julho de 2022, 10:13 - A | A

Segunda-feira, 25 de Julho de 2022, 10h:13 - A | A

NOVELA SEM FIM

Mauro compara VLT e BRT com Corolla e BMW: "mesmo conforto, mas um custa mais"

Rafael Machado

Repórter | Estadão Mato Grosso

O governador Mauro Mendes (União) voltou a defender a troca de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) pelo Ônibus de Trânsito Rápido (BRT). Segundo o governador, a defesa se dá pelo estudo técnico que aponta que o modal melhor para atender a demanda de Cuiabá e Várzea Grande é o BRT.

Mauro chegou a comparar os meios de transporte com dois modelos de carros, Corolla e BWM, comentando que apesar de um custar mais caro que o outro, ambos oferecem o mesmo conforto e cumprem o mesmo objetivo.

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“O estudo técnico mostra que para as características de Cuiabá e Várzea Grande, o BRT é a melhor solução. Ele é moderno, é eficiente, é elétrico, tem acessibilidade, tem tudo o que outro tem. Sabe qual a diferença de um para outro? Um roda sobre pneu e outro roda sobre trilhos. É tudo igual”, destacou, durante entrevista à rádio Capital FM na última semana.

“É mais ou mesmo assim: eu vou comprar um Corolla com ar-condicionado, direção hidráulica, tudo de bom que tem no carro que custa cento e poucos mil reais. Aí você fala: eu quero comprar uma BMW, que custa R$ 500 mil. Ambos vão te levar com o mesmo conforto, só que um consome mais, um custa mais, IPVA é mais caro”, complementou.

O governador ainda relembrou que o BRT era o modal previsto para ser instalado na região metropolitana desde o começo do debate sobre as intervenções para a Copa. No entanto, houve uma falsificação de um parecer técnico que alterou o modal de transporte para VLT.

Mauro ainda comentou que o contrato para o consórcio responsável pela instalação do VLT já foi rescindido e que o governo recorreu à Justiça pedindo que as empresas devolvam todo o dinheiro investido no projeto.

DECISÃO DO TCU - A novela do VLT se estende desde 2014, quando o modal deveria ter sido entregue. O projeto já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos, já foi alvo de operações policiais e teve o contrato rescindido em 2017. Após estudo, o governo decidiu mudar o modal e, em abril, divulgou a empresa vencedora do certame, que será responsável pela realização das obras do VLT, no valor de R$ 468 milhões.

No entanto, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu manter a decisão cautelar que suspendeu todos os procedimentos administrativos relativos à troca do VLT pelo BRT.

“Não tem verba federal nesse BRT, é dinheiro do governo do Estado. Se é o dinheiro do governo do Estado, quem fiscaliza é o Tribunal de Contas do Estado. Estranhamente, um ministro do TCU deu lá uma liminar e está sentado em cima disso. Logo vamos restabelecer a verdade”, assegurou.

O governador comentou que as obras do BRT serão iniciadas assim que conseguir reverter a decisão do TCU.

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