Presidente do diretório estadual do União Brasil, o governador Mauro Mendes lamentou a falta de mecanismos para evitar a entrada de bandidos e representantes de facções criminosas na política. Ele ainda comentou que a situação se repete em vários estados dos Brasil, como uma tentativa de influenciar o Poder Público ‘por dentro’.
A avaliação do governador vem logo após a Polícia Civil detectar que dois membros do Comando Vermelho, alvos da Operação Apito Final, eram pré-candidatos a vereador nas eleições municipais deste ano em Cuiabá. Um deles é o irmão do tesoureiro do CV, Paulo Winter Farias Paello, o 'WT', identificado como Fagner Paello. O outro é o advogado de "WT", Jonas Cândido da Silva.
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"Todos nós temos que estar atentos, todos os partidos. Entretanto, às vezes, você não tem os mecanismos adequados para perceber isso. Só uma investigação e a materialização dessa investigação podem dar aos partidos, seja ele qual for, elementos para recusar uma filiação ou até impedir uma eventual candidatura dessas pessoas", opinou o governador.
Mauro falou que a Segurança Pública do Estado já estava ‘no rastro’ destes criminosos e só foi possível evitar que esses faccionados entrassem na política devido aos trabalhos realizados pelas forças de segurança.
"Nós já sabíamos e estávamos trabalhando nos bastidores com isso, sobre o crime organizado tentar infiltrar pessoas não só em Mato Grosso, mas no Brasil inteiro, dentro da política, elegendo pessoas em cargos importantes para tentar influenciar o poder público por dentro. Isso é perigoso, isso vai demandar dos órgãos responsáveis, tanto da Justiça, do Ministério Público, da Polícia Civil e em todos os nossos aparatos da Segurança Pública uma atenção muito maior e, acima de tudo, muito mais contundente para evitar que isso aconteça", finalizou.