A ex-chefe de gabinete da vereadora por Cuiabá, Edna Sampaio (PT), Laura Abreu, afirmou nesta quinta-feira que os recursos da verba indenizatória que recebia eram administrados pelo marido de Edna, o Willian Sampaio. Laura prestou depoimento à Comissão de Ética nesta quinta-feira, 22 de junho, no processo que investiga denúncia de suposta rachadinha com os recursos da verba indenizatória.
Aos vereadores, Laura comentou que foi orientada pela ex-chefe de gabinete de que teria que repassar sua verba indenizatória, no valor de R$ 5 mil, para conta da vereadora. Segundo ela, foi dito que o dinheiro não servia para custear as despesas do seu cargo, mas sim as despesas do gabinete.
- FIQUE ATUALIZADO: Entre em nosso grupo do WhatsApp e receba informações em tempo real (clique aqui)
- FIQUE ATUALIZADO: Participe do nosso grupo no Telegram e fique sempre informado (clique aqui)
Laura também disse que quem administrava o recurso era o marido de Edna, Willian Sampaio, que fazia cobranças todos os meses pelo WhatsApp.
“E eu com a minha falta de experiência, de conhecimento, era isso que eu acreditei, porque fui orientada dessa forma. A orientação que eu recebi era a seguinte: todos os meses tem que fazer o relatório da VI até tal prazo, quem administra esse recurso da VI é o William, marido da Edna, porque ele é contador, esse dinheiro tinha que ser repassado para ela. Eu não questionei, era funcionária nova na Casa, não conhecia nada”, falou.
Em maio, o jornal Estadão Mato Grosso procurou a assessoria da vereadora Edna Sampaio para questionar o motivo de Willian aparecer fazendo as cobranças, já que ele não exerce nenhum cargo no gabinete. À época, a assessoria afirmou que Willian ajudava em várias questões, devido à experiência que tem como ex-presidente do PT e profissionalmente.
DENÚNCIA
A vereadora foi alvo de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. O caso apresentado pelo site RD News mostra prints em que a ex-chefe de gabinete era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
O episódio fez com que seus colegas de parlamento apresentassem pedido de abertura de comissão processante na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara para apurar suposta quebra de decoro. O caso também é apurado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT).
DEFESA
A vereadora se defendeu das acusações dizendo que está sendo vítima de violência política e de gênero por pessoas que tentam desgastá-la emocionalmente com acusações que não tem nenhum fundamento.
Edna explicou que seu mandato é coletivo, e tem participação de co-vereadores, que são informados a cada trimestre sobre como estão sendo gastos os recursos de suas verbas indenizatórias, tanto suas como do chefe de gabinete.
