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Política Quarta-feira, 12 de Junho de 2024, 09:36 - A | A

Quarta-feira, 12 de Junho de 2024, 09h:36 - A | A

CITADO EM RELATÓRIO

Marcus Brito Jr. também é investigado por ligação com o Comando Vermelho

Da Redação

Redação | Estadão Mato Grosso

O vereador Marcus Brito Junior (PV) também tem seu nome citado diversas vezes no relatório policial que culminou na Operação Ragnatela, da Polícia Federal, que investiga uma facção criminosa responsável por promover shows nacionais e lavar dinheiro em casas noturnas da capital.

A Operação foi deflagrada na última quarta-feira (5) e entre os alvos de busca e apreensão havia agentes públicos que ajudavam na concessão de licenças e alvarás. Os investigados movimentaram mais de R$ 79,1 milhões, entre 2018 e 2022.

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O esquema foi descoberto após uma denúncia anônima com riqueza de informações chegar até a Polícia Federal.  

"A cooptação das casas noturnas para que contratassem tais cantores se daria, em caso de negativa, através de ameaças de fiscalizaçõespor parte de servidores da Secretaria Municipal, que poderiam culminar com interdição dosestabelecimentos, sendo que tais fiscalizações seriam determinadas pelo Secretário Adjunto de Fiscalização da Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá, Benedito Alfredo Granja Fontes, em conjunto com os vereadores Paulo Henrique e Marcus Brito, sendo que o elo entre tais edis e a facção criminosa se daria através de seus assessores,respectivamente Rodrigo Leal e Jardel Pires, que repassaram valores obtidos de formaespúria aos referidos parlamentares", consta na denúncia. 

E por causa da gravidade das informações, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (Ficco-MT) e a PF realizaram diligências a fim de identificar elementos mínimos que pudessem confirmar a denúncia recebida.  

Um dos suspeitos de integrar o esquema de lavagem de dinheiro, Rodrigo Leal, conta em uma conversa por WhatsApp que para destravar a realização de um evento embargado pela Promotoria de Meio Ambiente do Ministério Público, sob o comando de uma promotora (não identificada), iria procurar os vereadores Paulo Henrique (MDB), que foi alvo de busca e apreensão na operação, e Marcus Brito Jr. O diálogo foi feito com o promotor de eventos Netinho Competetion. O objetivo seria pressionar o secretário do Meio Ambiente, Renivaldo Nascimento, a assinar o alvará que permitiria a realização do evento. 

Ainda, consta no relatório que  a organização criminosa pagava os fiscais da Prefeitura de Cuiabá para liberar alvarás de eventos com a mediação de dois vereadores.

"Algumas casas noturnas do município estariam sendo cooptadas para arealização de shows de “funk”, as quais são compelidas a participarem do esquema sob ameaças de fiscalizações da Secretaria do Meio Ambiente que culminariam na interdição do estabelecimento comercial. A referida fiscalização ambiental seria liderada pelos vereadores Paulo Henrique e Marcus Brito, acompanhados pelo secretário adjunto Alfredo Granja, que, recebendo propina da organização criminosa, pagariam os fiscais municipais para arealização da interdição dos estabelecimentos", consta no documento. 

Jardel Pires chegou a trabalhar no gabinete do vereador Marcus Brito, mas devido a uma ordem do Comando Vermelho, ele foi remanejado para o gabinete do vereador Paulo Henrique. Nas redes sociais é possível notar que ambos eram bem próximos. 

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