A candidata ao governo Márcia Pinheiro (PV) afirmou nesta quinta-feira, 8 de setembro, que se depender dela e de seu marido, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) não será implementado em Cuiabá.
Defensora da conclusão do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), Márcia lembrou que o modal já recebeu mais de R$ 1 bilhão em investimentos e acredita que o valor que o governo pretende investir no BRT é suficiente para terminar a implantação do sistema, que está paralisada há quase oito anos.
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“Jamais colocarei o BRT, jamais! Se depender de mim e do Emanuel, o BRT não passa em Cuiabá. Não queremos isso para população. Não é uma questão de ser contra o governo, é uma questão de ser a favor da população usuária do transporte coletivo. Somos a favor deles. Já foram investidos R$ 1,2 bilhão, com esses R$ 600 milhões que ele está querendo usar no BRT, termina o VLT”, disse, em entrevista à rádio CBN Cuiabá.
A candidata ressaltou que o sistema que estão querendo implementar em Cuiabá e Várzea Grande não é o BRT, mas sim um corredor de ônibus. Ela ainda destacou que, independente do modal escolhido, o atual governador, Mauro Mendes (União), não irá usar o transporte porque se locomove de carro.
Márcia defendeu o VLT alegando que é a melhor opção para o usuário do transporte coletivo da região metropolitana.
“Se nós colocássemos um dia de funcionamento do VLT, depois falasse assim para a população que usou esse VLT ‘agora vamos voltar com o ônibus’, tenho certeza que o povo ia quebrar esses ônibus. A diferença é monstruosa. Como ele [Mauro Mendes] viaja muito, ele anda em VLT. Em Dubai, ele andou em VLT. Várias pessoas andaram de VLT [em outras cidades]. VLT é um sistema extremamente silencioso, sustentável, moderno e dá condições para que as pessoas tenham acesso melhor. Quem depende de ônibus sabe do que estou falando”, destacou.
Nesta semana, o prefeito de Cuiabá afirmou que há irregularidades na licitação do BRT, sendo a principal delas uma suposta ligação entre as empresas que compõem os dois consórcios que disputaram o certame. Segundo Emanuel, as empresas têm ligações entre si e também com outras empresas que pertencem a aliados políticos ou familiares do governador.
Mauro rebateu a denúncia de seu adversário político alegando que ele tenta criar uma ‘cortina de fumaça’ para desviar a atenção da população cuiabana quanto aos problemas enfrentados pela Prefeitura de Cuiabá.
