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Política Terça-feira, 06 de Setembro de 2022, 12:01 - A | A

Terça-feira, 06 de Setembro de 2022, 12h:01 - A | A

GUERRA DOS MODAIS

Márcia: R$ 600 milhões do BRT são suficientes para concluir as obras do VLT

Candidata ao governo afirmou que, se eleita, irá desfazer a troca do modal em Cuiabá e Várzea Grande

Felipe Leonel

Repórter | Estadão Mato Grosso

Candidata ao governo de Mato Grosso, Márcia Pinheiro (PV) afirmou na manhã desta terça-feira (6) que o mesmo volume de recursos que deve ser destinado para as obras de impantação do BRT, o Ônibus de Trânsito Rápido, em Cuiabá e Várzea Grande seria suficiente para concluir as obras do VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos.

A declaração foi dada em entrevista ao Jornal da Capital, da Rádio Capital FM. Durante a entrevista, Márcia disse também que o BRT apresentado pelo governo do Estado é diferente da realidade e cita o período que morou em Curitiba, Paraná, onde andou de BRT nos anos 1980.

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“O BRT é diferente do que está sendo colocado. Se eu for eleita, imediatamente vou cancelar isso. As pessoas têm direito a um transporte público melhor [...] Se tem dinheiro para gastar R$ 600 milhões para colocar ônibus em Cuiabá, fatalmente tem dinheiro para terminar o VLT, que já foi gasto R$ 1,2 bilhão e falta em torno de R$ 500 a R$ 600 milhões”, disse a candidata.

Márcia ainda questionou o fato de o governo do Estado estar cogitando vender os trens, que foram comprados de forma antecipada, para o Governo de Bahia, que está executando as obras do modal. Além disso, a candidata lembrou que as obras do modal começaram quando Mauro Mendes (União Brasil) ainda era prefeito de Cuiabá.

“Porque o atual governo deixou, na época, rasgar toda cidade de Cuiabá? Que ele era a favor, inclusive tem inúmeras reportagens a favor do VLT. Quando sai daqui para viajar, anda de VLT, agora não quer que as pessoas de baixa renda, as pessoas que dependem do transporte público andem de VLT? Um gestor, no mínimo, tem que ter a sensibilidade de poder dar o melhor para sua população”, concluiu a candidata.

RESISTÊNCIA

Marido de Márcia, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), afirmou nesta segunda-feira, 6, que não permitirá o início das obras do BRT em Cuiabá. A declaração foi dada em entrevista coletiva convocada por Pinheiro, para apresentar uma série de denúncias contra a empresa que deve fazer as obras.

A ordem de serviço para a implantação do BRT foi dada na semana passada pelo governador Mauro Mendes, no ato de assinatura do contrato com o Consórcio Construtor BRT. A ordem foi assinada após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender os efeitos de uma liminar do Tribunal de Contas da União (TCU), que havia paralisado o processo de troca do VLT pelo BRT.

Para Emanuel, a decisão de iniciar as obras é 'imprudente', pois a decisão do STF foi proferida apenas em sede de liminar, assim como a decisão favorável do Tribunal de Contas do Estado (TCE) para a troca do VLT pelo BRT. Portanto, o início das obras poderia provocar prejuízo mais na frente, caso o TCE forme maioria no plenário contra a troca do modal.

"Não vão iniciar porque nós temos o ordenamento normativo interno, decretos, que exigem a aprovação da Prefeitura de Cuiabá. Mas, vai haver uma grande pressão, inclusive, por se iniciar essa obra com Várzea Grande, conforme já noticiado. Então, o prejuízo poderá ser irreparável”, afirmou Emanuel.

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