O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) saiu em defesa de sua colega de partido, vereadora Edna Sampaio, após a denúncia de possível esquema de rachadinha com verba indenizatória de sua ex-chefe de gabinete. Na avaliação do petista, Edna já apresentou suas explicações sobre o caso que, para ele, são esclarecedoras.
Lúdio ainda acredita que a denúncia tem viés político, visto que sua colega de partido tem pretensões de se reeleger ao cargo. Porém, ela se tornou alvo de dois requerimentos no Conselho de Ética, que podem afetar sua vida política, a depender da decisão tomada pela Câmara.
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“Nós somos solidários à nossa colega vereadora, que já prestou todos os esclarecimentos necessários em relação a essa pauta. Infelizmente, há um contágio político e eleitoral em torno dessa questão e eu espero, sinceramente, que nada aconteça e que ela consiga continuar exercendo com a qualidade que ela exerce o mandato de vereadora”, disse, em entrevista à imprensa nesta quarta-feira, 10 de maio.
Lúdio repetiu os argumentos na defesa de Edna, afirmando que os recursos repassados pela ex-chefe de gabinete eram de natureza indenizatória com objetivo de recompor as despesas do gabinete. Lúdio ainda lembrou que a parlamentar realiza a prestação de contas de gastos da VI.
CRÍTICAS
Na última semana, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), comentou que a Câmara de Vereadores não pode ficar calada diante da denúncia contra Edna Sampaio. Ele disse que julgamento, investigação e denúncia não representam condenação e pediu aos parlamentares que deem a oportunidade para que a petista dê sua explicação sobre o assunto. Porém, em sua avaliação, a situação dela é indefensável.
A crítica não foi bem recebida pelo deputado Lúdio Cabral, que disparou contra o prefeito, afirmando que ele "não tem moral" para fazer comentário sobre o caso.
“O prefeito de Cuiabá, infelizmente, não tem moral para poder propor esse tipo de iniciativa, porque se tem alguém que precisaria ser investigado pela Câmara de Vereadores é o próprio prefeito de Cuiabá. Então, ele tem que ficar quieto nessa questão, em minha opinião, porque não tem moral para falar da nossa vereadora”, disse.
DENÚNCIA
A vereadora foi alvo de uma denúncia de possível prática de rachadinha com verba indenizatória de chefe de gabinete. O caso apresentado pelo site RD News mostra prints em que a ex-chefe de gabinete era cobrada para devolver o valor para contas bancárias da petista.
O episódio fez com que seus colegas de parlamento apresentassem pedido de abertura de comissão processante na Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara para apurar suposta quebra de decoro. De acordo com o presidente, até o momento, dois procedimentos já foram protocolados.
Os documentos serão encaminhados para Procuradoria Geral e, em seguida, para análise e investigação da Comissão de Ética.
"NÃO FOI RACHADINHA"
Na tribuna da Câmara, a vereadora se defendeu das acusações. Ela comentou que mais uma está sendo vítima de violência política e de gênero por pessoas que tentam desgastá-la emocionalmente com acusações que não tem nenhum fundamento.
Edna explicou que seu mandato é coletivo, e tem participação de co-vereadores, que são informados a cada trimestre sobre como estão sendo gastos os recursos de suas verbas indenizatórias, tanto suas como do chefe de gabinete.
A vereadora ainda destacou que a prática de rachadinha consiste na apropriação do salário do servidor, o que, segundo ela, não aconteceu.
Edna ainda prometeu recorrer na justiça contra todos que compartilharam inverdades sobre ela e também para reparar a sua imagem perante a sociedade cuiabana.