O senador Jayme Campos (União) demonstrou que está complemente desacreditado sobre a conclusão das obras do novo modal de transporte da Região Metropolitana de Cuiabá. Nessa segunda-feira (14), ele disse que nem o BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) e muito menos o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) serão implantados.
A fala do senador ocorreu durante uma reunião para debater as alterações no trânsito ocorridas com a duplicação da BR-364. Jayme comentava sobre os prejuízos causados pelas obras aos comerciantes da Avenida da FEB, em Várzea Grande, quando houve obras para implantação do VLT.
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“Mesma coisa aconteceu com o VLT quando lançaram na Avenida da FEB, quebrou muita gente, fechou muita empresa, foi bom que parou. Nem BRT nem VLT, não vai sair coisa nenhuma”, comentou.
O BRT é a principal aposta do governador Mauro Mendes (União) para resolver a situação. O governo reabriu o processo licitatório em janeiro deste ano, para contratação das empresas que serão responsáveis por tocar as obras, cujo valor está estimado em R$ 480 milhões. Além disso, Mauro quitou a dívida do financiamento o Estado tinha feito para construção do VLT, com o objetivo de acabar com todos os impasses.
Entretanto, Jayme afirma que existe muita “conversa fiada” sobre a instalação do novo modal. Ele ainda questionou quem irá ressarcir ao Estado o dinheiro que já foi investido na implantação do VLT, que já custou mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos.
“Com toda a admiração que tenho pelo governador Mauro Mendes, não vejo nenhuma possibilidade, não vamos ficar viajando na maionese. Semana passada, o Tribunal de Contas da União soltou sete a zero no Mauro Mendes e ainda quer saber quem vai ressarcir o Estado de R$ 1 bilhão que já investiu. Como vai ser? É muita conversa fiada por aí. Não gosto de conversa fiada, sou pragmático. Todo mundo conhece o Jayme, a língua é maior que a boca, mas é sincero e fala a verdade”, disparou.
Prometida para a Copa do Mundo de 2014, a obra do VLT não foi concluída e deixou uma grande cicatriz na área central de Cuiabá e Várzea Grande. O projeto foi alvo de operação policiais e ações judiciais, que culminaram na rescisão do contrato por determinação da Justiça.
Após um período de estudo com membros do Ministério do Desenvolvimento Regional, o governo anunciou a mudança de modal para o BRT, com ônibus elétricos.
