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Política Sexta-feira, 22 de Outubro de 2021, 09:53 - A | A

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Jayme diz que indicações políticas são normais e vê exagero em afastamento de Emanuel

Segundo o senador, se for utilizar esse critério para todo o país, não sobra um prefeito, governador e nem presidente

Jefferson Oliveira

Repórter | Estadão Mato Grosso

O senador Jayme Campos (DEM) afirmou na manhã desta sexta-feira (22) que o afastamento do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) foi exagerado. Segundo o senador, a prática de nomear indicados políticos é comum em todo o país e, se isso fosse crime, hoje não haveria um prefeito, governador ou presidente.

Emanuel Pinheiro foi afastado do cargo pela Justiça na última terça-feira (19), em decorrência da Operação Capistrum, que investiga a contratação de servidores temporários na Secretaria de Saúde de Cuiabá para atender indicações políticas.

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“Ele sendo afastado porque contratou 250 pessoas na área da saúde, então, não sobra um prefeito no Brasil, um governador no Brasil, não sobra ninguém aí na altura do campeonato. É de prática, sobretudo nesse momento da pandemia, o que houve de contratação, até por força da exigência do momento desse transtorno, obrigatoriamente teve que contratar pessoas”, declarou, em entrevista à Rádio Capital.

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Jayme acrescentou que é normal que haja indicações políticas e, por isso, vê exagero na decisão que o afastou. Ele lembrou que o prefeito está sendo ouvido pelas autoridades nesta sexta e deve recorrer da decisão para retornar ao cargo.

“Para mim, houve um certo exagero em pedir o afastamento do prefeito da capital, que acabou de ganhar uma eleição. Eu acho que houve um certo exagero, mas de qualquer forma devemos respeitar a decisão judicial”, acrescentou.

Na avaliação de Jayme, a operação acaba por macular a imagem do prefeito, mesmo que se prove o contrário depois. No entanto, o senador acredita que Emanuel está "vacinado" contra esse tipo de adversidade, até pelo fato de ter ganhado uma eleição ‘sozinho’ em 2020, enfrentando toda a repercussão do caso paletó.

Até então, Emanuel estava 'correndo por fora' para disputar o governo do Estado contra Mauro Mendes (DEM) em 2022. Após a operação, conversas de bastidores apontam um obstáculo político para suas pretensões.

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