Secretário-adjunto de Saúde em Cuiabá, Oscarlino Alves revelou na manhã desta quarta-feira, 3 de janeiro, que o Gabinete de Intervenção realizou o chamamento repentino de vários aprovados no concurso público da Saúde sem fazer qualquer planejamento para treinamento e alocação dos profissionais. Como resultado disso, a população de Cuiabá deve sentir problemas na prestação do serviço de Saúde, antecipou o secretário, mas a situação será resolvida com o tempo.
Oscarlino apontou que centenas de novos servidores foram nomeados no dia 19 de dezembro, sem que houvesse tempo hábil para fazer o treinamento e alocação deles, nem mesmo um planejamento para absorver esse custo na folha de pagamento. Apesar disso, Oscarlino garantiu que as nomeações não ver contestadas ou revertidas.
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“O ponto positivo é que essas pessoas vão ocupar os postos, foi feito concurso. Agora, foram chamados de uma vez só. Não há um planejamento para treinamento dessas pessoas. Não há, pelo menos foi o que me foi colocado lá, não há um planejamento para ocupação dessas vagas, não há um planejamento para treinamento. Inclusive, não existe um planejamento para absorver esse custo na folha de pagamentos”, disse o secretário-adjunto, em entrevista à Rádio Capital FM.
Conforme o secretário, os profissionais recém-nomeados do concurso devem chegar sem experiência necessária e ainda precisam ser treinados para lidar com o cotidiano do serviço público.
“Nada disso vai ser revogado, nenhum ato desse vai ser revogado, vai ser mantido essa garantia. Só que, isso vai conturbar bastante os serviços, porque muitos desses aqui vão chegar sem experiência, vão ter que ser treinados, vão ser habilitados e alocados nas unidades. E isso vai ter reflexo negativo na prestação de serviço”, pontuou.
Oscarlino ressaltou que o concurso público foi realizado pela própria Prefeitura e a equipe de intervenção apenas realizou o chamamento dos candidatos aprovados. Segundo ele, a Prefeitura já tinha um planejamento para fazer as convocações de forma escalonada, com objetivo de garantir o preenchimento das vagas sem afetar a prestação de serviços. Para ele, a decisão de chamar todos os aprovados de uma só vez foi atrapalhada, com a intenção de cumprir as metas estabelecidas, mas sem planejamento.
“Quando a intervenção assumiu, a gente estava acompanhando, estava sendo feito os chamamentos do concurso público de forma planejada, paulatina. E parece-me que, nos dá impressão, no dia 19, quando estava finalizando [a intervenção] e não concluíram esse processo, eles chamaram todo mundo de uma vez, chamaram todo mundo do concurso”, concluiu.
